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Militares da Guiné-Bissau fecham espaço aéreo e marítimo do país

Militares da Guiné-Bissau fecham espaço aéreo e marítimo do país

Os chefes militares que lideram o golpe de Estado na Guiné-Bissau fecharam o espaço aéreo e marítimo do país, situado na costa oeste da África, e disseram que qualquer violação dessas medidas terá uma “resposta militar”, informou o comando das Forças Armadas num comunicado.

A medida foi uma resposta a um apelo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que pediu a intervenção de uma força com mandato da ONU na Guiné-Bissau, depois que os militares deram um golpe de Estado na semana passada.

Além disso, houve relatos de que um navio de guerra português estava a caminho da Guiné-Bissau para possivelmente retirar do país cidadãos portugueses e outros estrangeiros.

Conselho Nacional de Transição

Entretanto, os partidos da oposição na Guiné-Bissau, que se reuniram este fim-de-semana na capital guineense, para procurar uma solução para a crise político-militar no país, decidiram avançar para «a criação do Conselho Nacional de Transição [o que] implica a dissolução do Parlamento», disse o porta-voz dos partidos, Fernando Vaz, admitindo que tudo será concluído já na segunda-feira.

Na reunião, na qual não participou «o PAIGC de Carlos Gomes Júnior» mas sim outros elementos do maior partido, disse Fernando Vaz, foi decidido criar ainda duas outras comissões.

Uma Comissão de Gestão de situações de emergência, como para manter, por exemplo, o fornecimento de água e luz, e uma Comissão para a Diplomacia, que na segunda-feira, em conjunto com os militares, se vai encontrar com uma missão da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), que chegará a Bissau para debater o golpe de Estado.

O porta-voz acrescentou ainda que não tem informações sobre o paradeiro do Presidente interino e do primeiro-ministro.

E comentou o encerramento das rádios privadas pelo Comando Militar: «As rádios estão a ser aproveitadas para virar o povo da Guiné contra um 25 de Abril que se faz, como se fez em Portugal. O que queremos é a renovação da democracia e a consolidação da democracia».

Ainda assim admitiu estar contra o encerramento das rádios e propôs-se como intermediário entre jornalistas e militares para resolver a situação.

No país mantém-se o recolher obrigatório.

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