Milhares de pessoas caminhavam em fila, nesta quarta-feira, para despedirem-se de Nelson Mandela, cujo corpo está na capela instalada na sede do governo sul-africano em Pretória e que foi aberta ao público às 12 horas. “…ele está vestido com uma das inconfundíveis camisas que costumava usar”, relatou um sul-africano que já teve a oportunidade de se despedir de seu herói.
O caixão de Mandela, guardado por quatro militares uniformizados de branco e por três coroas gigantescas da mesma cor, jaz sob um arco instalado no anfiteatro da sede governamental, no exterior do complexo conhecido como Unions Building, na cidade sul-africa de Pretória.
Após um percurso de dez minutos em autocarros que saíram do centro da capital sul-africana, os primeiros cidadãos que puderam se despedir de Mandela chegaram ao velório quando a capela abriu ao público.
Pessoas de todas as etnias e religiões emocionaram-se ao passar pelo caixão de Mandela, como mostraram as imagens da TV pública ao centro de imprensa instalado no exterior do local, já que se proibiu o acesso da imprensa à capela. Alguns passam rápido pelo caixão, outros se detêm um pouco para gravar na sua memória uma última lembrança de Mandela, embora só seja permitido parar por segundos e o controle é estrito.
“Foi muito emocionante. O caixão está aberto para que seja visto o seu rosto e parte do corpo, e ele está vestido com uma das inconfundíveis camisas que costumava usar”, relatou Tyrone Morris, um sul-africano que já teve a oportunidade de se despedir de seu herói.
“O seu rosto, a camisa… É simplesmente Madiba!”, acrescentava uma mulher aos prantos.
O acesso do público foi aberto após uma troca de guarda dos soldados que guardam o caixão. Antes, desfilaram perante o caixão centenas de autoridades e personalidades públicas, alguns, como Bono Vox, do U2, aparentando estar bastante abalados.
A capela foi visitada pelo público até as 17 horas, quando o caixão voltou ao Hospital Militar.