Os actuais representantes da Renamo, o maior partido de oposição em Moçambique, na Comissão Nacional de Eleições (CNE) irão continuar com assento neste órgão até que a Assembleia da República, o parlamento do pais, aprove uma resolução que preconize a sua substituição.
Trata-se dos vogais Ezequiel Gusse e o padre Latino Ligonha, que foram eleitos em 2007. A substituição de ambos poderá ocorrer logo que a respectiva bancada requerer para o efeito.
Segundo fontes do semanário “Domingo”, logo que forem eleitos os membros da CNE em representação da Sociedade Civil estarão criadas as condições para que este órgão eleitoral possa doravante reunir e deliberar validamente uma vez que para o órgão funcionar bastará a presença de metade dos seus componentes mais um.
Aláis, a mesma fonte asseverou que os actuais representantes da Renamo na CNE só cessarão as suas funções com a indicação de novos elementos que deverão ser submetidos a um exercício de votação parlamentar.
Referira-se que pela bancada da Frelimo, partido no poder, foram eleitos António Salomão Chipanga, Rodrigues Timba, António Muacorica, Abílio Diruai, Eugenia Fernando Chimpene e, pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a segunda força de oposição no parlamento, Bernabé Nkomo.
A Renamo não apresentou nenhum candidato a CNE já que mantêm a sua intenção de não concorrer as eleições municipais de 20 de Novembro e as gerais do próximo ano, alegando que não concorda com a lei eleitoral aprovada no ano passado.