As autoridades governamentais em Mecula, província de Niassa, norte de Moçambique, dizem estar preocupadas com o aumento de casos de abate ilegal de elefantes e outros animais bravios que habitam a Reserva do Niassa.
Uma fonte citada pela Rádio Moçambique, estação pública, disse que, à frente deste abate indiscriminado, encontram-se cidadãos da vizinha Tanzânia, interessados sobretudo no marfim e peles de animais bravios. Para além da caça furtiva, os cidadãos tanzanianos também são acusados de extrair ilegalmente recursos minerais, sobretudo pedras preciosas, de que Mecula é rico.
Segundo a fonte, estas irregularidades ocorrem devido a incapacidade das autoridades de controlar os movimentos ao longo da fronteira entre os dois países. “Por detrás desses caçadores estão cidadãos moçambicanos”, disse a fonte da RM, para quem o fenómeno já é do conhecimento do governo da província do Niassa.
Nas províncias do Niassa e Cabo Delgado, a caça furtiva e o abate ilegal de recursos florestais, envolvendo cidadãos tanzanianos com apoio de moçambicanos, tem sido denunciado amiúde pelos órgãos de comunicação social.