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MDM exige demissão do comandante-geral da PRM

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a terceira maior força política no país, exigiu, Segunda-feira, a demissão do Comandante-geral da Polícia, Jorge Khalau, por este ter desautorizado uma ordem do tribunal.

Assim, o MDM junta-se às organizações da sociedade civil e às pessoas que têm vindo a pedir a demissão de Khalau, na sequência deste ter ordenado a prisão do comandante da Polícia da República de Moçambique (PRM) no distrito de Nacala Porto, Arnaldo Muianga, mesmo depois de ter sido solto pelo tribunal sob termo de liberdade.

Inicialmente, a PRM acusou Muianga e outros quatro agentes da corporação de prática de crime de armas proibidas e corrupção, por alegadamente terem autorizado a circulação, no território nacional, de armas pertencentes aos operadores de embarcações atracadas no Porto de Nacala bem como por armazenarem esse material de guerra nas instalações da Polícia.

Contudo, o tribunal soltou os suspeitos sob termo de liberdade, mas estes recolheram à cadeia por ordens de Khalau, que disse, publicamente, que a Polícia não era regida por ordens do tribunal, mas sim, dos seus regulamentos internos.

Falando, Segunda-feira, no encerramento da quinta sessão da Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, o chefe da bancada parlamentar do MDM, Lutero Simango, defendeu que a demissão de Khalau é um imperativo nacional “que deve servir de alerta a todos: nenhum oficial da força policial está acima da lei”.

A crítica do MDM à Polícia estende-se para o dia das eleições intercalares para a escolha do edil da cidade de Inhambane, uma vez que, para este partido, a corporação agiu como parte interessada no processo, “uma vez que a circulação de carros blindados motorizados, com uma Polícia fortemente armada nas primeiras horas de votação, instalou medo na população da cidade”.

Igualmente, o MDM disse que a detenção de dezenas dos seus membros, que foram depois colocados em carrinhas de caixa aberta, como se fossem prisioneiros de guerra ou troféus de caça, criou pânico na população eleitoral.

“Com os pronunciamentos do Comandante Geral da Polícia em não querer cumprir uma ordem judicial relacionada com o caso de Nacala, estamos perante uma clara revelação de como o comando desta instituição funcionou no dia 18 de Abril, manipulando os agentes da Polícia da República de Moçambique”, disse Simango.

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