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MCT defende criação de plataforma de gestão de risco

O Ministro da Ciência e Tecnologia, Venâncio Massingue, defende a importância de Moçambique criar uma plataforma integrada baseada nas tecnologias de informação e comunicação, com vista a gestão integrada de calamidades naturais e ambientais em Africa.

Massingue falava hoje, em Maputo, na sessão de abertura do seminário sobre o projecto de Gestão Integrada de Risco para Africa (IRMA), o primeiro a acontecer no país, cujo objectivo fundamental é criar uma infra-estrutura de suporte que permita receber alertas sobre as cheias, com maior antecedência possível e evitar todos os danos. “A ideia é criar uma infra-estrutura de suporte, que nos permitirá receber alertas sobre as cheias, com a maior antecedência possível, evitar os danos que resultam desta calamidade que se resumem em perdas humanas e avultados danos materiais”, disse o titular da pasta da ciência e tecnologia.

A implementação do projecto vai, segundo o governante, ajudar a aliviar a pesada tarefa que o país tem de responder as consequências das cheias, com uma planificação melhor para as calamidades, que vezes sem conta enfermam a população moçambicana. Ao abrigo do projecto, financiado pela União Europeia (EU), e que envolve 16 organizações de 12 países (europeus e africanos), os eleitos vão implementar uma infra-estrutura de gestão integrada de risco, baseada nas tecnologias de informação e comunicação, para responder as calamidades.

Moçambique, parte dos países escolhidos, participa no projecto através de quatro grandes instituições, que desempenham um papel importante no processo de mitigação e gestão de calamidades no país. Trata-se da Unidade Técnica de Implementação da Política de Informática (UTICT), Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) e a Direcção Nacional de Águas (DNA).

Assim, o país, usando tecnologias de informação para cheias, deverá criar e implementar uma infra-estrutura e uma plataforma de acesso a informação que pode contribuir para a gestão integrada de calamidades naturais e ambientais no continente.

Entre as possíveis inovações do projecto aponta-se, por exemplo, o acesso, no futuro, de toda a informação das estações hidrométricas dos rios usando técnicas modernas para interpretar e transmitir os dados aos outros países interessados.

O Senegal, país da costa ocidental africana, encarregar-se-á das queimadas, o Camarões da poluição atmosférica em zonas urbanas e o Marrocos das pragas. No entanto, para não implementar todas as tecnologias em um só país, processo que seria muito complexo e difícil, cada um implementará um risco apenas e o resultado será replicado nos outros com problemas semelhantes se as condições favorecerem.

Os representantes das instituições que vão trabalhar directamente com o projecto esperam que o mesmo contribuía para melhorar a gestão e prevenção das calamidades, com recurso as potencialidades que são oferecidas pelas tecnologias de informação e comunicação.

Em Fevereiro de 2007, sete das novas bacias hidrográficas que o país partilha com os países da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC) registaram níveis hidrométricos preocupantes, mas, em solo moçambicano, apenas 102 mil pessoas foram afectadas. O número de afectados tem estado a reduzir acentuadamente nos últimos episódios de cheias, depois de em 2001, altura em que apenas três bacias ficaram inundadas, o universo de afectados ter atingido os 600 mil afectados.

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