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Mau estado das vias de acesso inquieta população de Mabote

A população do distrito de Mabote, na província meridional de Inhambane, queixa-se do elevado custo de vida devido, sobretudo, ao mau estado da estrada que liga Mapinhane e a vila sede do distrito de Mabote, que dificulta o transporte de produtos da primeira necessidade para aquele ponto de Moçambique.

A inquietação foi apresentada hoje ao Chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza durante um comício que orientou na localidade de Mussengue, a 22 quilómetros da vila sede de Mabote, no âmbito da Presidência Aberta e Inclusiva que, desde terça-feira, vem efectuando à província de Inhambane.

A população criticou o que considera de “falta de seriedade” das empresas responsáveis pela reparação desta infra-estrutura. Segundo os populares, sempre que decidem em reparar a estrada usam o material de fraca consistência, como areia, que após a queda de chuvas deixam a estrada num estado lastimável.

“Sempre que chove, a circulação de viaturas é impraticável”, disse um dos 10 cidadãos que falou no comício orientado por Guebuza na localidade de Mussengue.

Na ocasião, Olga António, uma das residentes, manifestou a sua preocupação pelo o facto de o Estado estar a gastar constantemente muito dinheiro para pagar “mau serviço” prestado pelas empresas encarregues de reparar a estrada.

Segundo ela, este facto leva ao aumento do custo de vida no distrito de Mabote, porque os produtos básicos são comprados na Maxixe, num percurso de mais de 300 quilómetros, 120 dos quais em terra batida, objecto de contestação.

Em condições ideias, os habitantes daquela zona poderiam fazer as suas compras em Mapinhane, que dista apenas cerca de 100 quilómetros.

“Os comerciantes adquirem os produtos na Maxixe. Porque a estrada Mapinhane/Mabote está sempre em péssimas condições, o transporte torna-se oneroso, daí que, quando chegam praticam preços muito elevados”, disse, acrescent ando que a circulação de viaturas nesta via é um risco.

No comício, a população também queixou-se da falta de emprego e o facto de os projectos que vêm sendo implementados neste distrito trazerem consigo trabalhadores, em detrimento dos locais.

Pediram igualmente a expansão da energia eléctrica da rede nacional para as localidades, bem como do sinal de telefonia móvel, a melhoria das condições e a disponibilização de livros de distribuição gratuita, entre outros. O distrito de Mabote, particularmente a localidade de Mussengue, é uma zona semi-árida, imprópria para a agricultura.

Mesmo assim, há sinais de produção agrícola, tendo, por ocasião da visita do Chefe de Estado, promovido uma exposição de produtos agrícolas, facto que deixou o presidente satisfeito.

Guebuza encorajou a população de Mabote a continuar a trabalhar, recorrendo a todos os conhecimentos e experiências para ultrapassar as adversidades.

O Estadista moçambicano orientou as populações no sentido de optarem pelo sistema de caleiras para reter as águas pluviais e, deste modo, minimizar a carência. O combate à pobreza voltou a ser tónica do discurso de Guebuza, para quem todos e cada um no seu sector da actividade deve fazer algo que contribua para o alívio da pobreza.

A localidade de Mussengue foi a segunda etapa da presidência aberta que o Chefe de Estado vem realizando a província de Inhambane. Quinta-feira Guebuza escala o distrito de Homoíne, mais concretamente oposto Administrativo de Pembe.

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