Mart, o fleumático técnico holandês, parece possuído de uma “estrelinha” de sucesso que o acompanha desde que veio para Moçambique.
Na altura não era para treinar a Selecção, mas para se ocupar das camadas de formação. Agora pegou de estaca e ganhou empatia com os adeptos. Da sua filosofia, salta à vista o seu conservadorismo. Trabalha com os internos, mas joga com os externos. As pedras têm, em regra, lugar cativo e só as mexe em caso de lesão.
Desta vez, pelo seu nível exibicional e pela lesão de Mano, foi obrigado a mexer na defesa, para incluir o Mexer. Só ele sabe quem jogaria se o Mano estivesse bom. O mais provável seria a saída de Campira e a passagem de Dário Khan para lateral. De todas as maneiras, tacticamente o holandês revela um realismo de destacar. Primeiro, a segurança defensiva, a posse de bola, a rotação e o arriscar pouco.
E porque o plantel é curto e a equipa está estruturada, a renovação é mesmo a conta-gotas. Substituições? Só na 2.ª parte. Jerry, Josimar, Binó, Danito Parruque, Luís e outros, que “esperem sentados” pois este holandês não é de grandes surpresas no que toca à renovação. Os títulos de melhor da COSAFA, melhor marcador, melhor do Moçambola, pouco interferem na sua maneira de pensar. A verdade é que as suas opções seriam bem mais badaladas e contestadas se não resultassem em sucesso.
Estão a dar resultado e por isso estão em alta, ao ponto de fazerem esquecer Bondarenko, um técnico que os adeptos, em algum momento, exigiram que regressasse à Selecção