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Marinheiros no Siri Lanka estavam ao serviço da Yuan Fisheries

A direcção da empresa Navimar diz que ao contrário do que se pensa e se propala, a embarcação Kayum 227 foi sequestrada na costa moçambicana mas na República das Maurícias, onde se encontrava a pescar Atum, ao serviço da companhia “Yuan Fisheries”.

Alexandre Cossa, delegado da Navimar em Maputo, disse que a sua empresa agenciou, de facto, 12 moçambicanos à firma Yuan Fisheries, os quais faziam parte da tripulação do “Kayum 227”.

Segundo escreve o jornal “Diário de Moçambique”, dez regressaram a Maputo, em Março último, depois de terem expirado os seus contratos de trabalho, tendo ficado os restantes dois, uma vez que tinham um vínculo contratual válido até Junho de 2011.

“É importante esclarecer que os que voltaram no ano passado não estavam nas mãos dos piratas. Eles voltaram simplesmente porque os seus contratos de trabalho expiraram.

Os outros dois ficaram porque foram muito mais tarde e, como tal, ainda tinham o contrato em vigor. Por isso, não regressaram com os outros”, sublinhou.

Relativamente ao sequestro dos dois marinheiros moçambicanos que se encontram a trabalhar no Sri Lanka, Cossa disse que a empresa teve conhecimento do facto em Fevereiro deste ano, através de um deles, que ligou a partir daquele país a pedir a Navimar o pagamento das passagens de avião para o seu regresso ao país.

Este pedido não foi satisfeito porque, segundo Cossa, essa responsabilidade cabe a empresa Yuan Fisheries, empresa contratante.

“Quando nos contactaram, dissemos, na hora, para que entrassem em contacto com o comandante do navio para que ele pagasse as passagens porque isso vem acautelado no contrato. Devo dizer que de lá para cá, fomos tentando encontrar uma saída para o caso. Ficamos de mãos atadas porque o representante dessa empresa aqui em Moçambique, de nome David Yuan, desapareceu da circulação”, salientou.

A fonte disse que num breve contacto que a Navimar teve com os marinheiros Alide Ali e Zefanias Alfaiate, estes terão confirmado que a embarcação em que trabalhavam foi sequestrada por piratas somalis e que ficaram cerca de oito meses no cativeiro, na Somália.

“Para dizer que nós não escondemos nada do Governo. Até porque como o contrato deles ainda estava em vigor, nada nos fez pensar que tivessem sido raptados ou coisa parecida” disse, sem explicar as razões que levaram a Navimar a não informar o Governo sobre o incidente assim que tomou conhecimento do caso.

O Executivo soube da existência de dois moçambicanos entre um grupo de marinheiros sequestrados, através de um diplomata queniano que ao socorrer seus compatriotas na mesma situação descobriu que havia dois moçambicanos, em Colombo, tendo, de imediato, contactado a embaixada moçambicana na Índia.

Dados disponíveis indicam que durante o período em que ficaram sob custódia dos piratas somalis, os dois moçambicanos foram usados para acções de sequestro a outras embarcações, até serem resgatados pela marinha indiana, depois de passarem cerca de 15 meses fora de casa.

Entretanto, segundo o ministro moçambicano das Pescas, Victor Borges, os moçambicanos gozam de boa saúde e neste momento decorrem demarches para o seu repatriamento para Moçambique.

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