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Maria Moreno diz não pretender voltar para Renamo

A antiga Chefe da Bancada Parlamentar da Renamo na Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, Maria Moreno, diz estar feliz por ter abandonado esta formação política e filiar-se a uma outra, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

Num contacto telefónico com a AIM, Moreno disse que jamais pensou em regressar a Renamo, apesar de manter contactos com o líder deste que é o maior partido político da oposição no país, Afonso Dhlakama.

“Não voltei e nunca pensei em voltar para a Renamo. Estou muito feliz com a minha decisão. Falo com o Presidente Dhlakama porque o conheço há 30 anos”, afirmou Moreno.

Entretanto, há informações que vêm sendo divulgadas por alguma imprensa nacional dando conta de que Maria Moreno estaria arrependida por ter deixado a Renamo, estando a negociar o seu regresso.

Tais informações referem que, semana passada, ela teria sido recebida por Dhlakama num encontro a seu pedido com o objectivo de manifestar o seu arrependimento por se ter filiado ao MDM, partido liderado pelo actual edil da cidade da Beira, na província central de Sofala, Deviz Simango.

Por outro lado, as mesmas informações indicam que Moreno terá proposto a Afonso Dhlakama parceria empresarial para a exploração conjunta de minas de Granada em Chiúta, Mecanhelas, e Cuamba, na província de Niassa, extremo Norte do país.

Moreno garantiu a AIM que foi recebida, semana passada, por Dhlakama, na residência deste em Nampula, Norte do país, para tratar de negócios e não para manifestar arrependimento.

“Estou a intermediar um negócio entre o Presidente Dhlakama e um grupo de empresários estrangeiros interessados na exploração de pedras preciosas”, disse a ex – parlamentar pela Renamo.

Maria Moreno, que na passada legislatura da AR foi chefe da Bancada da Renamo, deixou o partido pouco antes das últimas eleições, filiando-se ao MDM.

No MDM, Moreno não chegou a ocupar posição de relevo, alegadamente porque no partido de Simango as nomeações são feitas segundo o critério tribal, com os “Ndaus” a ocuparem posições de destaque.

Aliás, este aspecto está a provocar crise interna no partido e o Secretário-geral do MDM, Ismael Mussa, já apresentou o seu pedido de demissão do cargo.

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