Centenas de manifestantes reuniram-se, este domingo (20), para exigir a “ressurreição” da democracia venezuelana enquanto efígies do presidente Nicolas Maduro e de líderes da oposição eram preparados para serem queimados numa tradição de Páscoa.
Apesar de milhões de venezuelanos dirigirem-se para praias do Caribe e reuniões de família durante o período da Páscoa, os manifestantes estudantis têm procurado manter um movimento de quase três meses de protesto.
Depois do rali com pés descalços e uma marcha “Via Crucis” no estilo da caminhada de Jesus para a crucificação, os manifestantes reuniram-se numa praça de Caracas para uma manifestação. A Páscoa marca o dia em que os cristãos acreditam que Jesus ressuscitou dos mortos depois de ser crucificado.
“Nós vamos ficar na rua até termos a democracia de volta”, disse o líder estudantil Djamil Jassir à Reuters numa praça onde os manifestantes exibiam dezenas de vasilhas de gás e balas usadas como símbolos da repressão.
Protestos anti-Maduro desde o início de Fevereiro levaram a violência matando pelo menos 41 pessoas, segundo dados oficiais. Os mortos foram de ambos os lados do espectro político do país.
Os opositores do governo planeavam queimar bonecos de Maduro e altos funcionários de várias partes do país. Os apoiantes do governo planeavam fazer o mesmo com efígies de figuras proeminentes da oposição.