Algumas famílias que vivem no distrito de Marínguè, na província de Sofala, centro de Moçambique, abandonaram, na última segunda-feira, as suas residências, por temerem que as manifestações propaladas pela Renamo, maior partido da oposição moçambicana, fossem violentas.
O administrador do distrito de Marínguè, Absalão Chabela, citado pela Televisão de Moçambique (TVM), explicou que as populações abandonaram as suas casas depois da proclamação e validação dos resultados das eleições pelo Conselho Constitucional (CC), por medo de serem atacadas pelos homens armados da Renamo. “As pessoas temiam que as manifestações, caso viessem a acontecer, fossem violentas, já que existem homens armados da Renamo em Marínguè”, referiu.
No entanto, Chabela garante que a situação está controlada e as instituições estão a funcionar normalmente. “A situação está controlada, calma, estamos a trabalhar normalmente e as pessoas foram as suas machambas”, tranquilizou. Enquanto isso, de Nampula, no norte do país, informações dão conta de que dois membros da Renamo estão detidos acusados de preparar manifestações.
De acordo com a polícia em Nampula, citada pela TVM, os dois cidadãos estavam a orientar um encontro de mais de 20 pessoas logo após a proclamação e validação dos resultados das eleições de 28 de Outubro, quando foram detidos. Entretanto, a própria polícia diz que não sabe ao certo qual era a agenda do referido encontro, estando neste momento a investigar.
Os acusados negam que estavam a preparar manifestações, tendo afirmado a jornalistas que estavam a cumprir ordens do seu partido de reunir a população. “A reunião não tinha ainda começado quando a polícia veio e nos prendeu. Nós não vamos dizer qual era a agenda do encontro porque o encontro não aconteceu”, declarou um dos indiciados.
