Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós
Os mamparras desta semana são todos os membros da Renamo que no fim do seu Conselho Nacional, numa bizarra e criminal resolução, votaram pela divisão do país a partir do Rio Save.
De acordo com alguma imprensa, a terceira conferência nacional da Renamo visava, entre outros pontos, a legitimação de Afonso Dhlakama como candidato desta formação política às eleições presidenciais de Outubro próximo.
Os correlegionários de Dhlakama – ausente do mesmo encontro alegadamente por estar em parte incerta – determinaram a divisão de Moçambique a partir da região centro e ignoraram o facto de esta posição ferir, a todos os níveis, o espirito e a letra do Acordo Geral de Paz (AGP), subscrito pela própria “Perdiz”.
“O ambiente de coabitação política entre a Frelimo e a Renamo é politicamente insustentável neste momento. É dentro deste quadro que, por imperativo de paz, achamos que é melhor que a Frelimo viva no seu espaço e a Renamo em outro, ficando a Frelimo no sul do país, a partir do rio Save, e a Renamo no centro e no norte do país”, disse Maria Inês, membro do Conselho Nacional da Renamo, no momento da leitura da resolução relativa à actual situação política.
Esta postura do partido liderado pelo general Dhlakama é completamente antagónico a propostas de paz que apregoa querer manter no país, e encerra com ele todos os condimentos de tribalismo. Moçambique é um país uno e indivísivel, facto documentado na Constituição da República em que a Renamo tomou parte na sua concepção.
O que pretendem os mamparras da “Perdiz”com esta resolução? Tornar o seu líder Afonso Dhlakama num mártir caso seja abatido pelas forças governamentais a tentar dividir o país? Tornar a organização ilegal em decorrência desse acto com o intuito de mais tarde se queixar de perseguição política em todos os quadrantes?
Pretende a Renamo que os seus membros enviados à mesa das conversações com o Governo no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano sejam uns palhaços? A Renamo e o seu líder, a continuarem neste ritmo, correm o risco de desaparecer da história da recente democracia multipartidária moçambicana.
Alguém tem de pôr um travão neste tipo de mamparices.
Mamparras, mamparras, mamparras.
Até para a semana, juizinho e bom fim-de-semana!