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Mamparra of the week: Marlene Manave

Mamparra of the week: Saqueadores do Estado moçambicano

Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós

O mamparra desta semana é Marlane Manave, administradora executiva das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), que, num gesto sem igual, típico de mamparras oriundos da idade da pedra, proibiu um número não quantificável de jornalistas de realizarem o seu trabalho na cobertura da recepção das urnas dos nossos concidadãos perecidos no voo daquela companhia que se despenhou na Namibia em Novembro passado.

A limitação selectiva de jornalistas para a realização do seu trabalho não abrangeu os profissionais da Televisão de Moçambique (TVM) e da Rádio Moçambique (RM), por razões que só a administradora da LAM poderá, eventualmente e querendo, explicar.

O acidente daquela companhia, sem registo igual, foi um facto que tocou todos os moçambicanos, particularmente as famílias enlutadas.

A cobertura da chegada dos restos mortais de 14 dos 16 moçambicanos que pereceram no Voo TM470 da LAM no dia 29 de Novembro de 2013 era, do ponto de vista de informação, importante para todos que ansiosamente queriam dar o seu derradeiro adeus.

Mas para Marlene Manave, apenas a TVM e a RM eram os órgãos “mais competentes” para fazer a referida cobertura, como se eles fossem os únicos no país!! É de bradar aos céus! Será que a belíssima administradora aufere os seus salários dos impostos daqueles que apenas estão sintonizados àquelas órgãos públicos?

A atitude de Marlene Manave é um abuso de autoridade previsto e condenável nos termos do artigo 52 da Lei de Imprensa.

E a senhora Manave comete tal mamparrice quando estamos a cerca de duas semanas da celebração do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (3 de Maio). Aquela atitude, pela sua natureza, configura uma violação às liberdades fundamentais dos cidadãos e uma forte ameaça ao Estado de Direito Democrático de Moçambique.

Não é necessário saber muito, mas alguém tem a obrigação de explicar à senhora Marlane Manave para que em outras ocasiões não cometa monumentais mamparradas, sob pena de ficar mal na fotografia colectiva, sendo ela uma senhora tão bela.

O dever dos jornalistas, seja ele de que órgão for, é o de informar com isenção e imparcialidade.

Alguém tem que pôr um travão neste tipo de mamparices.

Mamparras, mamparras, mamparras.

Até para a semana, juizinho e bom fim-de-semana!

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