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Mamparra of the week: António Muchanga

Mamparra of the week: Saqueadores do Estado moçambicano

Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós

O mamparra desta semana é António Muchanga, porta-voz da Renamo, que anunciou o fim do cessar-fogo que vigorava desde princípios de Maio passado na região centro de Moçambique, sobretudo na zona entre Muxúnguè e Rio Save.

Os guerrilheiros do antigo movimento rebelde de Moçambique voltaram, 22 anos depois, a colocar (com o roncar das armas) muito mal o país na fotografia das nações mais civilizadas do planeta Terra. Os moçambicanos voltaram, sem culpa formada, a serem assassinados por obra de homens (do Governo e da Renamo) que não se entendem.

E António Muchanga surge como um mamparra pelo facto de ter recorrido aos órgãos de comunicação social para amplificar as suas cordas vocais na altura de emitir ordens supostamente emanadas pelo quase rouco general Afonso Dhlakama, numa mamparrice sem igual. Que se saiba, Muchanga, o António, é membro do Conselho do Estado. Logo, está em posição invejável de chagar à fala com o Presidente da República.

Que culpa têm os cidadãos inocentes que, no seu quotidiano, usam a Estrada Nacional número 1 (EN1), onde a Renamo decidiu intensificar as emboscadas e transformar o local num autêntico campo de carreira de tiro com a carne humana?

Que adrenalina sente António Muchanga – mamparra – quando balas assassinas são regadas em velhos, senhoras e crianças pelos homens que alegadamente são “seguranças” do seu líder?

Muchanga, o António, é uma figura que tem tido destaque na Imprensa moçambicana; por isso, a sua cara e a sua lábia podem ser vistas por uma maioria qualificada nos pequenos ecrãs das nossas casas.

Nas suas aparições, quase regulares, no que se refere à tónica com que o faz, tem denunciado um alegado plano em curso para a execução extrajudicial do seu chefe – outro mamparra por não conseguir refrear a vontade de atirar por parte dos seus homens – mas doutro lado, o Governo diz que quer “salvar” o velho general.

Estamos em crer e sempre o dissemos – e outros antes de nós – que a Renamo tem muita razão nas reivindicações que faz, mas nada justifica uma nova guerra civil. Muchanga está a virar o porta-voz dessa pretensão bárbara!

O solícito porta-voz da “Perdiz” poderá indignar-se com a retórica que quiser, mas começo a acreditar que ele está a precisar de dar uma volta num dos infantários do país, para um estágio com a pequenada que lhe iria, de certeza, emprestar a mensagem da paz.

Quero crer, também, que algumas dessas crianças lhe poderiam elucidar que, um partidário seu esteve a ver o sol aos quadradinhos, recentemente, por declarações idênticas anunciando hostilidades que vieram a acontecer.

O porta-voz da Renamo, tem que começar a ser mais comedido nas suas palavras, no que toca à parte das armas, pois ele não é tocado pelo luto que afecta as vítimas da “democracia”…

Alguém tem que pôr um travão neste tipo de mamparices.

Mamparras, mamparras, mamparras.

Até para a semana, juizinho e bom fim-de-semana!

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