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Mali encerra escolas primárias e secundárias

O Governo maliano anunciou o encerramento até nova ordem das escolas públicas e privadas do ensino primário e secundário da capital, Bamako, e de Kati, após as manifestações da Quarta-feira.

Quarta-feira de manhã, vários manifestantes que dizem pertencer a um agrupamento político composto por associações e partidos políticos erigiram barricadas em alguns locais de Bamako e de Kati para reclamar pela organização de concertações nacionais e pela demissão do Presidente interino, Dioncounda Traoré.

Estes manifestantes furiosos bloquearam a Ponte dos Mártires de Bamako, sobre o rio Níger, paralisando a cidade.

Eles queimaram pneus em vários locais da cidade e organizaram uma concentração na Praça da Independência. Em Kati, cidade onde está sediada a ex-junta militar, a cerca de 15 quilómetros de Bamako, os manifestantes destruíram veículos e pronunciaram slogans hostis ao Presidente interino.

No mesmo momento, alunos e estudantes, respondendo a um apelo da Associação dos Alunos e Estudantes do Mali (AEEM), organizaram uma manifestação na capital para pedir a retomada das aulas nos estabelecimentos superiores, cujos professores estão em greve há vários meses.

Os manifestantes deslocaram-se a vários estabelecimentos privados e públicos para expulsar os alunos e obrigar-lhes a aderir à sua causa. Estes confrontos culminaram no encerramento das escolas para evitar confrontos, segundo o Governo, que anunciou que os estabelecimentos serão abertos depois do regresso da calma.

A reunião semanal do Conselho de Ministros, prevista para Quarta-feira, foi adiada por razões de segurança. As concertações nacionais previstas para Dezembro passado foram adiadas depois da demissão do primeiro-ministro, Cheikh Modibo Diarra.

Agrupamentos políticos e associações, incluindo a Coordenação das Organizações Patrióticas do Mali (COPAM), a IBK 2012 e a Frente Patriótica, todos favoráveis à ex-junta militar, autora do golpe de Estado de 22 de Março último, exigem a organização rápida de concertações nacionais, cujo objectivo é instaurar um plano da transição e a libertação das regiões norte do Mali ocupadas por rebeldes islamitas e tuaregues.

Num comunicado divulgado, Quarta-feira, na televisão nacional, o Governo maliano disse estar determinado a elucidar os eventos que paralisaram as cidades de Bamako e de Kati.

Estes eventos ocorreram dois dias depois de o Exército maliano repelir uma infiltração de grupos islamitas armados na linha de frente em Mopti, a cerca de 700 quilómetros de Bamako.

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