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Mais de 900 mil meticais somem do sector de Educação de Machaze

Mais um escândalo financeiro acaba de abalar o sector da Educação em Manica, desta vez, está o sumiço de novecentos mil meticais, cerca de 33 mil dólares, que estavam depositados numa conta bancária da Direcção dos Serviços da Educação, Juventude e Tecnologia do Distrito de Machaze.

Benedito Vasco Muhate, responsável da Administração e Finanças da instituição, é acusado de desvio deste valor dos cofres do Estado, que se destinava à assistência de crianças órfãs e vulneráveis daquele distrito, que se localiza no sul da província de Manica.

Não se sabe efectivamente como é que o rombo terá acontecido, mas dados em nosso poder indicam que o desvio de fundos ocorreu nos finais de Julho último e foi prontamente denunciado pelo director distrital da Educação, responsável máximo da instituição onde se verificou o sumiço do dinheiro.

O administrativo teria constatado e denunciado que o dinheiro depositado na conta da instituição estava a ser sistematicamente transferido para contas de singulares que de alguma forma terão ficado envolvidos no sistema de fraude financeira que se supõe que não seja a primeira vez.

O acusado encontra-se fugitivo do distrito e da província, mas consta que já terá sido encontrado e capturado pela Polícia na província de Inhambane, a sul do país.

O caso já foi remetido à Procuradoria Distrital de Machaze e à PRM local, visando apurar o arquitecto do referido rombo financeiro e outros intervenientes no processo, para que sejam responsabilizados pelo crime, conforme avançou uma fonte do sector em Machaze ao nosso jornal.

As autoridades policiais, na voz do porta-voz do comando da PRM, em Manica, também confirmaram o sucedido. “O caso já está nas mãos das entidades judiciárias, ou seja, a PRM e a procuradoria. Estamos a trabalhar no sentido de responsabilizar o praticante deste furto”, explicou Mutadiua.

A nível da província, casos do género têm sido frequentes, principalmente no sector da Educação e Cultura, onde têm sido levantados salários e horas extras de professores “fantasmas”, conforme o porta-voz da PRM afinaçou.

Este tipo de casos já levou à cadeia mais de 30 funcionários públicos, dos quais alguns foram despromovidos, outros suspensos ou expulsos.

Muitos dirigentes e funcionários do aparelho do Estado em Manica têm estado envolvidos em desvio de fundos do Estado.

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