Mais de 40 por cento das terras arráveis da China estão em processo de degradação, disse a agência de notícias oficial Xinhua, o que reduz a capacidade de produção de alimentos no país mais populoso do mundo.
O solo escuro e fértil da província de Heilongjiang, no norte do país, que compõe o cinturão de alimentos chinês, está a ficar mais fino, enquanto as áreas agrícolas do sul da China sofrem com a acidificação, disse a reportagem, citando estatísticas do ministério da Agricultura.
As terras degradadas tipicamente incluem solo com fertilidade reduzida, erosões, mudança de acidez e efeitos de mudanças climáticas, além de danos causados por poluentes.
O governo chinês está cada vez mais preocupado com a sua oferta de alimentos, depois de anos de rápida industrialização que resultaram em poluição generalizada de rios e áreas de plantio.
O país, que precisa de alimentar quase 1,4 bilhão de pessoas, já traçou planos para enfrentar a poluição do solo, que afecta cerca de 3,3 milhões de hectares. Mas à medida que os salários maiores colocam pressão sobre os recursos do país para uma produção de mais comida e de maior qualidade, também é necessário enfrentar o problema do solo degradado, disse a Xinhua.
O Ministério da Agricultura quer criar 53 milhões de hectares de lavouras conectadas até 2020, o que permitiria enfrentar melhor as secas e as enchentes, disse a agência. As fazendas maiores são mais favoráveis para irrigação e outras práticas de cultivo modernas. O governo chinês prepara uma nova lei para enfrentar estas questões, mas ela não deve estar pronta até 2017.