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Maior número de infectados com HIV/SIDA tem instrução escolar

Os resultados preliminares do Inquérito Nacional de Prevalência, Riscos Comportamentais e Informação sobre HIV/SIDA (INSIDA) realizado de Junho a Outubro de 2009 indica que a taxa de prevalência do HIV no país situa-se nos 11,5% entre homens e mulheres com idades compreendidas entre 15 aos 49. Estes dados foram divulgados do passado dia 5 pelo Ministério da Saúde.

O relatório final sobre o HIV só será conhecido em Dezembro próximo. Mas dados contidos no documento preliminar mostra que a prevalência do HIV entre moçambicanos adultos de 15 aos 49 anos é de 11.5% (antes estimada em 15%), sendo a prevalência entre as mulheres superior relativamente à dos homens. O risco de infecção pelo HIV é maior entre os residentes das áreas urbanas quando comparados com os das zonas rurais.

O documento avança ainda que a prevalência do HIV por sexo e idade demonstra que, para ambos os sexos, ela aumenta com a idade, até atingir um pico que nos homens se situa entre 35 e 39 anos e nas mulheres entre os 25 e 29 anos de idade. De modo geral, as mulheres são mais infectadas em idades mais jovens ( normalmente antes de atingirem os 20 anos de idade) relativamente aos homens (depois dos 24 anos). O estudo mostra que há mais pessoas infectadas entre a população escolarizada e que a maioria dos infectados provém de famílias com alguma estabilidade económica.

A província de Gaza mostrou a prevalência mais alta entre adultos de 15-49 anos, com 25.1% enquanto que Niassa mostrou a mais baixa, 3.7%. As províncias com índices elevados são Maputo–província, com 19.8%, Maputo-cidade com 16.8% Manica e Sofala com 15.5 e 15.3, respectivamente. Nampula, com 4.6%, Tete com 7% e Inhambane com 8.6% estão entre as menos infectadas.

Comentando sobre os resultados, o ministro da Saúde, Ivo Garrido, disse estar-se perante “uma situação em que todos os aspectos devem ser tomados em consideração na análise dos dados”. Garrido afirmou ainda que “procurar uma explicação simplista não vai levar a lado nenhum”, uma vez que é “necessário compreender os factores de risco para se saber como reverter a epidemia”.

Refira-se que o INSIDA é o primeiro inquérito nacional de base comunitária, sobre o HIV e outros aspectos relacionados, em Moçambique. O mesmo irá permitir aos decisores e gestores de programas um melhor trabalho de monitoria e avaliação das campanhas e dos programas de alívio ao HIV/SIDA,assim como conceber, implementar e avaliar novas estratégias de combate à epidemia no país.

A Embaixada dos Estados Unidos em Moçambique disponibilizou, através dos Centros de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC Moçambique), cerca de 2 milhões de dólares norte-americanos para apoiar o INSIDA, no âmbito do Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos de Alívio ao SIDA (PEPFAR). O montante serviu para financiar a assistência técnica (através da empresa norte-americana ICF Macro e a organização não-governamental Jhpiego) e a compra de materiais laboratoriais e de recolha de sangue.

O INSIDA contou também com o apoio do Instituto Nacional de Estatística (INE), a Organização das Nações Unidas para o SIDA (ONUSIDA), o Conselho Nacional de Combate ao SIDA (CNCS), a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). O custo total do inquérito foi estimado em cerca de 6 milhões de

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