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Luxemburgo incentiva sector privado a investir em Moçambique

O vice-Primeiro-Ministro do Grão-Ducado do Luxemburgo, Jean Asselborn, disse, sexta-feira, em Maputo, que irá encorajar o sector privado do seu país a investir em Moçambique.


Falando a jornalistas na Presidência da República, momentos após uma audiência com o estadista moçambicano, Asselborn disse estar interessado com o reforço das relações de cooperação entre Luxemburgo e Moçambique, e com a África no geral.

“Moçambique é um país rico, com várias potencialidades minerais e uma localização geográfica estratégica. Queremos por isso encorajar o nosso sector privado a estar também presente neste país”, disse Asselborn, que é também Ministro dos Negócios Estrangeiros de Luxemburgo.

Segundo ele, há semanas, uma missão empresarial do Luxemburgo esteve em Angola, havendo por isso possibilidade de organizar uma missão do género para Moçambique no futuro, no âmbito do reforço da cooperação dos dois países.

Actualmente, Luxemburgo dedica 1,04 por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB) para cooperação humanitária ao nível internacional, nível de contribuição que pretende manter, apesar do impacto da crise financeira internacional.

Em África, as suas acções estão mais concentradas em países com problemas de guerra, como Somália, República Democrática de Congo, Chade e Sudão. Mas também presta assistência a Cabo Verde, por sinal país em que o Luxemburgo ocupa o topo da lista dos doadores.

Em Moçambique, a assistência do Luxemburgo chega através da Organização Não Governamental Médicos Sem Fronteiras que está envolvida em acções de combate a tuberculose na província nortenha do Niassa, e que também desenvolve iniciativas de luta contra a malária e SIDA em alguns pontos do país.

No geral, Luxemburgo diz pretender melhorar as suas relações com os países africanos e expandi-las para outros domínios, incluindo o nível político, daí ter já uma Embaixada de Luxemburgo instalada em Addis Abeba, a capital da União Africana.

Por sua vez, a Embaixadora de Moçambique na União Europeia e nos reinos da Bélgica, Holanda e Luxemburgo, Maria Manuela Lucas, falou das possíveis áreas de reforço da cooperação entre Moçambique e Luxemburgo, com destaque para educação e mineração.

Segundo ela, o ramo da educação pode ser explorado por via da cooperação triangular, envolvendo Cabo Verde, país também assistido pelo Luxemburgo e que conta já com uma larga experiência técnica nessa área.

“Talvez podemos explorar essas potencialidades, usando os fundos do Luxemburgo e o conhecimento técnico de Cabo Verde, ou do Brasil, por exemplo”, disse Maria Lucas.

Por outro lado, ela sublinhou a importância estratégica da cooperação com Luxemburgo na componente de mineração, tendo em conta a posição deste país como capital financeira da União Europeia.

“Pode-se incentivar o sector privado do Luxemburgo para investir em Moçambique. Nós já tivemos uma empresa da indústria de aço em Moçambique que depois parou em consequência da crise financeira. Agora, estamos a incentivar a empresa a voltar”, disse a diplomata.

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