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Liga dos Campeões Africanos: Mazembe atropela o Espérance

Liga dos Campeões Africanos: Mazembe atropela o Espérance

Embora tudo possa acontecer no jogo da segunda mão, o TP Mazembe construiu uma vantagem difícil no primeiro confronto da final da Liga dos Campeões da África. Jogando em casa no passado domingo (31), o clube da República Democrática do Congo goleou o tunisino Espérance por 5 a 0 e praticamente garantiu o seu segundo título continental consecutivo, 42 anos depois das conquistas de 1967 e 1968. 

Agora, os corvos, como são chamados os jogadores do Mazembe, aguardam a partida de 13 de novembro em Túnis para formalizarem o bicampeonato histórico e a presença no Campeonato do Mundo de Clubes da FIFA em dezembro. Importa recordar que o campeão africano encara o Pachuca, vencedor da Liga dos Campeões da CONCACAF, nos quartas de final. Em seguida, o vencedor desta série defronta a Internacional na semi-final.

O triunfo igualou o recorde de maior goleada em finais interclubes africanas, estabelecido pelo próprio Mazembe em 1968. Naquele ano, o clube bateu o Étoile Filante do Togo por 5 a 0 no primeiro jogo da final, embora tenha perdido na segunda mão por 4 a 1. Os corvos agora tentam superar a marca de maior vitória na soma dos placares: em 1979, os camaroneses do Canon de Yaoundé bateram o Gor Mahia do Quênia por 8 a 0 em dois jogos na final da extinta Copa Africana dos Campeões.

O resultado elástico coloca o Mazembe entre as maiores forças do futebol africano na atualidade. A equipe da cidade de Lubumbashi terminou atrás do Espérance na fase de grupos, mas reagiu com determinação ferrenha nos mata-matas. A preparação para o jogo da segunda mão da final será feita na Itália, para onde a equipa viaja após a decisão do campeonato nacional contra o Saint Eloi Lupopo na terça-feira.

Pressão inicial dá o tom

No jogo deste domingo, o Mazembe partiu para cima dos tunisinos assim que a bola começou a rolar em Lubumbashi. O defesa Jean Kasusula testou o guarda-redes do Espérance, Wassim Naouara, com dois remates perigosos no começo da partida. O primeiro golo aconteceu aos 18 minutos, quando Patou Kabangu cobrou falta da esquerda, a bola explodiu no travessão e o atacante Ngandu Kasongo cabeceou para as redes, para delírio da torcida local e muita reclamação dos visitantes.

Aos 24, o lateral-esquerdo Mohamed Ben Mansour fez falta sem bola em Alain Kaluyituka e recebeu cartão vermelho. Infelizmente para o Espérance, o técnico Faouzi Benzarti teve que recompor a defesa tirando de campo o médio-atacante Oussama Darragi, um dos artilheiros da equipe. Para piorar a situação dos tunisinos, o jogador que entrou no lugar de Darragi, Zied Derbali, cometeu pênalti em Kabangu pouco antes do intervalo. Kaluyituka marcou com tranquilidade e chegou a sete golos no torneio.

Embalados e em vantagem numérica, os corvos continuaram pressionando os visitantes no segundo tempo. Com dez minutos jogados, Kabungu chutou para a baliza e Given Singuluma marcou no ressalto.

O atacante zambiano anotou o quarto do Mazembe apenas quatro minutos depois. Aos 20, o atacante Michael Eneramo foi substituído pelo técnico do Espérance. O artilheiro havia dominado as atenções antes da partida, mas, isolado na frente, deixou o campo sem ter conseguido mostrar a sua habilidade.

Aos 30, Kasongo marcou o segundo dele na noite, selando a goleada. O técnico Lamine N’Diaye — saudado pela torcida com gritos de “Mourinho, Mourinho” assim que o domínio do Mazembe ficou evidente — creditou a vitória ao trabalho árduo e cuidadoso realizado nos treinamentos. “Passei a semana insistindo que precisaríamos manter a mesma intensidade dos treinos durante o jogo”, comentou o treinador senegalês.

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