O líder de um movimento que exige autonomia para o leste da Líbia disse, este domingo (15), que não vai pedir aos seus milicianos a suspensão do bloqueio de vários portos exportadores de petróleo, acabando com as esperanças para o fim de um impasse de três meses com o governo de Trípoli.
Na terça-feira, o grupo disse que iria suspender o seu controle dos portos anteriormente responsáveis pela exportação de 600 mil barris por dia (bpd), se Trípoli permitisse que o grupo assumisse uma parte das vendas do petróleo e investigasse alegações de corrupção na venda de petróleo.
“Nós não conseguimos chegar a um acordo sobre essas condições com este governo”, disse o líder Ibrahim Jathran, na sede do grupo em Ajdabiya. “Eu, portanto, confirmo que não vamos reabrir os portos para este governo corrupto”, disse ele.
O grupo dominou os portos de Ras Lanuf, Es-Sider e Zueitina há vários meses para impulsionar a sua campanha por mais autonomia regional e uma maior parcela das vendas de petróleo. Trabalhadores de vários outros campos de petróleo estão em greve, secando a maioria das exportações de petróleo da Líbia, sua principal fonte de receita.
Não houve comentário imediato de Trípoli. As autoridades já se recusaram a reconhecer o governo oriental auto-nomeado. A Líbia continua em crise, enquanto o governo esforça-se para controlar as milícias que ajudaram a derrubar Muammar Khaddafi em 2011 e agora controlam partes do país norte Africano.
Uma mistura de milícias, tribos e autoridades dominaram campos de petróleo e terminais de exportação de todo o país, reduzindo as exportações para 110 mil bpd de mais de 1 milhão em Julho.