As agências onusinas anunciaram que a situação humanitária depois dos combates e violências na República Centroafricana deterioram-se com 450 pessoas mortas em Bangui, a capital, e 159 mil outras deslocadas só na semana passada.
Um novo balanço divulgado, sexta-feira, em Genebra (Suíça), pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), em Nova Iorque, indica que cerca de quatro milhões e 600 mil pessoas vivem no desespero desde as violências engendradas pelos rebeldes Seleka.
“Ainda tem de se fazer muito mais. Apelamos mais uma vez às partes no conflito para autorizarem a ajuda humanitária e a proteção das populações civis”, indica o documento.
As agências humanitárias sublinharam que “informações frequentes dão conta de ataques indiscriminados contra civis, recrutamento de crianças soldados, violência contra mulheres, pilhagem e destruição de bens”.
Segundo elas, 160 pessoas teriam igualmente sido mortas em outras localidades da República Centroafricana. A porta-voz do ACNUR, Ravina Shamdasani, revelou num comunicado que “graves violações dos direitos humanos são cometidas com fundamentos religiosos para além das pilhagens e da destruição de bens.