O Banco Mundial apresentou esta segunda-feira, em Maputo, um relatório intitulado “Perspectivas para os Pólos de Crescimento em Moçambique”, um documento que apresenta os principais potenciais locais de crescimento no país.
O relatório concentra a sua abordagem nos corredores de desenvolvimento de Maputo, no Sul do país, Beira (Centro), e Nacala (Norte).
O mesmo aponta a existência de quatro possíveis pólos de crescimento, designadamente Maputo/ Matola, no Sul do país, Beira e Manica, no Centro, Tete, também no Centro, e a província de Nampula, no Norte.
Falando na abertura do evento, o director residente interino do Banco Mundial, Young Chul Kim, disse que o principal objectivo dos pólos de crescimento é de maximizar as potencialidades existentes nestes quatro pontos do país.
“O relatório preconiza a necessidade para a busca de sinergias, complementaridade e eficiência no desenvolvimento dos investimentos em curso nesses locais, simplificação de procedimentos para o comércio, redução do tempo necessário para iniciar um negócio, entre outros elementos”, disse ele.
Young Kim disse, igualmente, que o relatório recomenda para a melhoria de infra-estruturas dos transportes, tais como vias-férreas, estradas e pontes.
Para ele, com essas intervenções, é possível alcançar um certo crescimento, tendo em conta a localização do país e sua história na atracção de investimentos.
O Banco Mundial afirma que este estudo visa apoiar o Governo na elaboração e implementação de estratégias de crescimento em sub-regiões devidamente seleccionadas com base nos programas e experiências internacionais.
As sub-regiões analisadas foram escolhidas considerando a concentração de investimentos privados, oportunidades para o crescimento conduzido pelo sector privado, actuais desafios para o desenvolvimento e intervenções em curso, assim como o seu potencial para demonstrar os benefícios de uma abordagem integrada de pólos de crescimento.
“Para Moçambique, os principais objectivos de uma estratégia integrada de pólos de crescimento seriam a promoção do crescimento e emprego gerado pelo sector privado, enquanto maximizando os resultados de desenvolvimento para o crescimento sustentável e equitativo, especialmente nas províncias menos servidas”, refere um comunicado de imprensa do Banco Mundial.
Na sua intervenção durante a abertura do workshop, o Primeiro- Ministro, Aires Ali, disse que este estudo irá complementar as análises do Governo sobre a implantação de pólos de crescimento, tirando vantagens da localização geográfica do país, bem como os potenciais de transportes, recursos energéticos e agrícolas.
“A visão do Governo é de que essas potencialidades e recursos que o país possui, possam interagir de forma a criar um efeito multiplicador que vá para além dos investimentos individuais, disse o Primeiro-Ministro.
“Somente através de maiores sinergias, complementaridade e coordenação iremos conseguir maior eficiência, menos desperdícios e, acto contínuo, maior desempenho dos pólos e da nossa economia no seu todo”, acrescentou.
Aires Ali disse que a experiência sobre os possíveis benefícios dos pólos integrados de crescimento é de que os mesmos constituem um elemento adicional na atracção de investimentos, factor importante para a criação de emprego e redução da pobreza de forma efectiva.
O relatório será discutido pelo Governo, a todos os níveis, bem como pelo sector privado e pelo Banco Mundial, ao nível central.
Este relatório foi preparado pelo Banco Mundial em colaboração com o Governo, sector privado, sociedade civil, parceiros de cooperação, entre outros intervenientes sociais.