Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Lançado concurso para desminagem do antigo paiol de Mahlazine

O Fundo moçambicano do Ambiente (FUNAB) acaba de lançar um concurso público para seleccionar a empresa que deverá desminar a área do antigo paiol de Mahlazine, arredores de Maputo, que será transformado em parque ecológico.

Mês passado, o governo decidiu transformar o Paiol de Malhazine num parque ecológico, cuja finalidade é preservar a natureza e os ecossistemas bem como garantir o seu uso como local de utilidade pública.

O concurso lançado, semana passada, visa contratar operadores comerciais para a realização de actividades de pesquisa técnica, desminagem e controlo de qualidade na cidade de Maputo.

“Este trabalho faz parte integrante da estratégia do Governo de clarificar todas áreas do ex-Paiol (Parque Ecológico) de Mahlazine afectadas por minas/munições e engenhos explosivos”, indica o concurso do FUNAB, instituição subordinada ao Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA).

Os operadores interessados em candidatar-se deverão apresentar propostas técnicas e financeiras para os trabalhos de pesquisa técnica e desminagem nas áreas do Ex-Paiol de Mahlazine, incluindo a componente de controlo e garantia de qualidade em seis lotes que compreendem a todo o local.

Com um total de 568 hectares, o Paiol de Mahlazine era o maior das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e existiu desde o tempo colonial, quando a então cidade de Lourenço Marques ainda era de pequenas dimensões.

Com o tempo, a cidade cresceu ate que o local ficou todo rodeado de residências e outras infra-estruturas económicas e sociais, o que tornou incompatível a sua localização.

Por ouro lado, com o tempo, o paiol tornou-se perigoso para a vida das pessoas, com o registo frequente de explosões de material bélico existente no local.

Em Março de 2007, o Paiol de Mahlazine registou o incidente mais trágico da sua historia, quando explosões de diverso material militar provocaram a morte de mais de 100 pessoas e o ferimento de mais de 500, destruição de residências, diversas infra-estruturas sociais e económicas, entre outros danos.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts