“Podemos dar-nos ao luxo de todo o tipo de défices federais no que toca à guerra. Mas temos de prometer não aumentar o défice em mais um milhão para a reforma da saúde? Triste”. O tom desta mensagem de Raju Narisetti, editor do “Washington Post”, a propósito com os gastos de guerra no Afeganistão,foi alvo de uma advertência por parte do provedor, Andrew Alexander, depois de leitores terem acusado o jornalista de estar a ser parcial, tomando um dos lados numa questão política muito delicada, conta o site “Editors Weblog”. Narisetti invoca que usou a sua conta de Twitter pessoal e que aquela é uma opinião pessoal para cerca de 90 amigos.
Mas acabou por reconhecer, numa explicação ao provedor que foi uma atitude impensada e que agora percebe que talvez tenha condicionado a credibilidade do seu trabalho como editor do jornal. E até deixou de “twittar”. No dia a seguir, Milton Coleman, editor sénior, escreveu aquilo que afirma serem as regras básicas para o uso do Twitter pelos jornalistas do “Washington Post”.
Mas a aplicação de regras não é consensual. A revista “Statepress”, do Arizona, entende que os jornalistas são pessoas, que não podem apagar essas convicções. “O objectivo é ser o mais imparcial possível.
Mas é tonto pensar que todas as convicções podem ser apagadas no trabalho jornalístico”, sustenta o conselho de editores da “Statepress”.