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‘@Verdade dos Jogos:Jogar em casa poderá ser uma desvantagem

Habitualmente, jogar em casa é uma vantagem – seja pelo público que nas bancadas funciona como um jogador extra, seja pelo conhecimento pormenorizado da quadra ou piscina que permitem ao atleta jogar de “olhos fechados”, ou mesmo pelo ambiente emocionante e a atmosfera electrizante que se sente em cada cidade ou bairro que vai acolher a competição… Muitos sabem o que é o inferno da Machava ou o caldeirão do Chiveve. O factor casa faz parte daqueles detalhes que muitas vezes decidem quem vence ou perde!

Porém, para os atletas moçambicanos que vão disputar os10ºs Jogos Africanos o factor casa parece uma desvantagem. É uma piscina a reluzir que não ainda não deu para mergulhar, são pavilhões com pisos novos, do melhor que existe, mas a que não estamos habituados…afinal os treinos têm acontecido nas piscinas de apenas 25 metros ou nos pavilhões velhinhos que pululam pela cidade das acácias… por isso, tal como para os nossos adversários, muitos dos palcos dos jogos serão uma grande surpresa para os atletas moçambicanos. Esperemos que, neste caso, os santos da casa façam milagres.

Porque, pela forma como a maioria dos atletas tem sido mal acarinhada, será muito natural sairmos humilhados com muitas derrotas e nenhuma medalha.

Mas os contras do factor casa não param por aqui. Até hoje a maioria dos atletas nem sequer recebeu um par de sapatilhas novo ou mesmo os equipamentos específicos de muitas modalidades foram experimentados. Talvez o melhor seja mesmo jogar com as sapatilhas velhinhas, para que os calos não apertem.

Atmosfera electrizante… só mesmo no trânsito infernal até a maioria dos palcos pois, enquanto os políticos bradam pela participação de todos nos jogos, que cada um faça a sua melhor marca pedem eles, ainda não é possível comprar um único bilhete que seja para a cerimónia de abertura ou para qualquer umas das provas que vai acontecer em menos de uma semana… nem mesmo se sabe quando vai custar cada bilhete!

Sobre o hino, pela demora que levou a ser “cojitado”, e esperando que os moçambicanos afluam em massa a cada uma das provas, não deu ainda para decorar o refrão pejado de hoyes que, pelos vistos, quase nenhuma emoção ou mesmo patriotismo desperta em nós!

Do cojito nem sombra! Timidamente lá se vão fazendo alguns posters, bandeirolas, anúncios nos media estatais e marchas, esquecendo que muitos vizinhos da Vila Olímpica não fazem a mínima ideia do grandioso torneio que vai começar e continuam a cantar o waka waka do Mundial dos nossos vizinhos… E há quem ainda tenha lata de repetir que a vitória se prepara!

Claro que se prepara, só que não é desta forma.

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