A organização Friends of the Earth (Amigos da Terra) criticou, recentemente um acordo, que se esperava que fosse anunciado esta semana por líderes da União Europeia e Brasileiros, visando a expansão dos biocombustíveis em Moçambique e conforme os críticos da iniciativa, promover os biocombistíveis em África para alimentar os biliões de carros europeus é descrito como “imoral e perverso”.
A crítica dos ambientalistas surge pelo facto de os Presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, José Manuel Barroso, e Herman Van Rompuy, juntamente com o Presidente do Brasil, Lula da Silva, terem assinado esta semana, durante a IV Cimeira UE-Brasil(Brasília), um acordo de parceria com Moçambique para desenvolver projectos de bioetanol e de biodiesel e, durante a visita ao Brasil, Van Rompuy visitou na quarta-feira a «COSAN», um dos maiores produtores e exportadores de etanol do mundo. local pela posse de terra”.
Acima de tudo, Lemos destacou que “nós queremos investimentos reais em agricultura que nos permitam produzir alimentos e não combustível para carros estrangeiros” e citou um novo relatório da Friends of the Earth International, «The Jatropha trap» (a armadilha da Jatropha), que avalia a produção de Jatropha em Moçambique que destaca a diferença significativa entre a retórica e a realidade.
Por exemplo, a expansão de culturas de biocombustíveis em Moçambique já foi amplamente criticada por retirar terras férteis usadas pelas comunidades para produzir alimentos, más condições de trabalho para trabalhadores locais e conflitos com a população local pela posse de terra. Porém, os investidores de biocombustíveis, principalmente Europeus e outras companhias estrangeiras, já solicitaram o direito de usar cerca de 4.8 milhões de hectares de terra no nosso país – quase um sétimo das terras aráveis disponíveis em Moçambique.