As autoridades moçambicanas continuam a avaliar o real valor comercial de duas novas reservas de gás natural descobertas em 2009 na região de Bazaruto, Norte da província meridional moçambicana de Inhambane, conforme deu a conhecer fonte do Ministério da Energia. De acordo com a fonte, os jazigos localizam-se nos chamados blocos 16 e 19 no mar a Noroeste da baía de Bazaruto e a sua avaliação está confiada a entidades moçambicanas e firmas estrangeiras especializadas na matéria.
Salvador Namburete, ministro da Energia, salientou que, no global, 13 projectos de pesquisa de hidrocarbonetos e produção de petróleo estão a ser implementados em várias regiões moçambicanas. A intensificação dos trabalhos de pesquisa de hidrocarbonetos enquadrase na estratégia de promoção e uso de fontes energéticas alternativas existentes em várias parcelas do país, “esforço que tem em vista fazer face à subida galopante dos preços do petróleo no mercado internacional”, explicou Namburete, acrescentando que o cenário “está a levar o país a um verdadeiro pesadelo por ter que se esforçar muito para não comprometer os níveis de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)”.
Refira-se que o primeiro jazigo de gás natural foi descoberto no distrito de Búzi, em Sofala, em 1962, com reservas estimadas em 15 biliões de pés cúbicos, correspondentes a 42 biliões de metros cúbicos. A produção de gás natural em pequena escala iniciou em 1992, para a geração de electricidade para iluminar a vila turística de Vilankulo e a sede do distrito de Inhassoro, em Inhambane, e em 2000 a multinacional sul-africana SASOL assumiu o compromisso da produção inicial de 120 milhões de gigajoules/ano, por um período de 25 anos para o consumo doméstico e comercialização na vizinha África do Sul.