Textáfrica, Ferroviário de Maputo, Têxtil de Púnguè, Costa do Sol, Desportivo, Maxaquene, Matchedje e Ferroviário. Todos eles comemoram pelo menos um título de campeão nacional. Nenhum deles tem menos de 25 anos de existência. A partir de agora, o nosso campeonato de futebol tem mais uma equipa com o mais alto galardão do futebol moçambicano: Liga Desportiva Muçulmana.
Todos os campeões Nacionais
2010 – Liga Muçulmana
2009 – Ferroviário de Maputo
2008 – Ferroviário de Maputo
2007 – Costa do Sol
2006 – Desportivo
2005 – Ferroviário de Maputo
2004 – Ferroviário de Nampula
2003 – Maxaquene
2002 – Ferroviário de Maputo
2000/2001 – Costa do Sol
1999/2000 – Costa do Sol
1998/99 – Ferroviário de Maputo
1997 – Ferroviário de Maputo
1996 – Ferroviário de Maputo
1995 – Desportivo
1994 – Costa do Sol
1993 – Costa do Sol
1992 – Costa do Sol
1991 – Costa do Sol
1990 – Matchedje
1989 – Ferroviário de Maputo
1988 – Desportivo
1987 – Matchedje
1986 – Maxaquene
1985 – Maxaquene
1984 – Maxaquene
1983 – Desportivo
1982 – Ferroviário de Maputo
1981 – Têxtil do Púnguè
1980 – Costa do Sol
1979 – Costa do Sol
1978 – Desportivo
1977 – Desportivo
1976 – Textáfrica
Breve historial do campeão
O clube foi fundado a 8 de Novembro de 1990, mas os seus estatutos foram publicados no BR a 26 de Maio de ‘93. A primeira actividade desportiva movimentada foi o futebol de salão, mas tarde surgiu o futsal como corolário da evolução daquela modalidade. Depois seguiu-se o andebol, o basquetebol e o cricket. A primeira assembleia-geral do clube elegeu Ibrahimo Laher como primeiro presidente da agremiação, sendo Ahmad Makda, actual director desportivo, secretário-geral.
Futebol 11
Na época 2003/2004 o clube inscreveu uma equipa de futebol 11 na Associação de Futebol da Cidade de Maputo (AFCM), a qual terminou como quarta classificada. Mabjaia, ex-central do Ferroviário de Maputo, na década ‘80, foi o primeiro treinador. Entretanto, não terminou a época e foi substituído por Takim Hoi. Refira-se que, nessa época, alguns jogadores da equipa de futsal fizeram parte do plantel da formação que disputou o campeonato da cidade, nomeadamente Faruquito, Nino e Manuel.
Em 2004/2005 a Liga conquistou o seu primeiro título de futebol 11, o campeonato da cidade, com Takim Hoi como treinador principal. Com o título no bolso os muçulmanos disputaram o acesso ao Moçambola, mas acabaram na segunda posição, da Zona Sul, atrás do Estrela Vermelha. Em 2006, o ex-internacional moçambicano, Sérgio Faife, tomou as rédeas do clube e sagrou-se campeão da Divisão de Honra. Assim, a Liga Muçulmana qualificou-se para o Moçambola-2007.
Reacções
Ainda no relvado ouvimos alguns dos protagonistas do primeiro título dos muçulmanos. Silvério, que no defeso trocou o Costa do Sol pela Liga, sublinhou o “primeiro título” do clube e dedicou-o à sua família.
Maurício prometeu “mais força” para a próxima temporada. “Sinto-me a pessoa mais feliz do mundo por ser campeão nesta equipa que me deu a oportunidade de ter um lugar. Estou muito contente por toda a gente. Este é o meu segundo título. Dedico-o à minha família e as pessoas que sempre estiveram ao meu lado na Liga Muçulmana”, completou.
Pouco antes, Maurício deixou claro que “o trabalho todo valeu a pena”. “Mostramos que somos a melhor equipa do país. A equipa está toda de parabéns”.
Silvério: “Estou contente, é uma festa que merecíamos. É um grupo com objectivos bem claros e que conseguiu o que queria. Fomos a equipa mais regular. Para mim é uma vingança por aquilo que passei no ano passado. Este título é mais especial porque as coisas saíram-me melhor. Quero dedicar o título à minha mulher, filha e toda a família”.
Aguiar: “Temos feito um trabalho muito bom. Acreditámos nos métodos do treinador e soubemos ultrapassar as dificuldades. É bom, é sempre bom ganhar e ser campeão. Fizemos um campeonato com algum sofrimento mas ganhamos com justiça. Fizemos uma época em grande e estamos todos de parabéns. Agora temos que continuar a trabalhar da mesma maneira”.
Artur Semedo: “Mostramos ao longo da época que somos a melhor equipa. Estamos todos de parabéns. Os jogadores foram grandes profissionais. É sempre muito bonito conquistar um títuloa. Temos um grupo muito unido, uma grande mística a nível de médicos, jogadores, directores-gerais. O presidente sabe escolher as pessoas para os lugares certos”.
1ns do título
Camisola número um – É norma no futebol, a camisola número um pertencer ao guarda-redes titular. Na Liga Muçulmana é diferente. Victor só jogou 90 minutos. Na maior parte do campeonato viu Binó e Neco a jogarem.
Um golo – A Liga Muçulmana marcou várias vezes um golo num jogo. Ao todo foram 10 vezes. Em seis vitórias, duas derrotas e dois empates.
Um negócio – A administração da Liga Muçulmana vendeu Jumisse, elemento preponderante para Artur Semedo. Os valores que envolveram a transferência não foram revelados, mas a direcção referiu que pensou mais no atleta do que nos cofres do clube.
Um goleador – Carlitos foi o jogador que mais golos marcou na equipa de Artur Semedo. O meio-campista foi, de longe, o jogador mais regular. Carlitos festejou oito golos, mais 3 do que Evans, o elemento que mais rendeu em menos oportunidades.
Um momento delicado – Foi uma época relativamente tranquila, mas os muçulmanos não escaparam a alguma turbulência. Ainda no início do campeonato os adversários já falavam de tráfico de resultados. Algo que ninguém apresentou provas.
Gráfico dos jogadores com mais minutos
Aguiar: 2070 minutos
Cantoná: 2048 minutos
Micas: 1915 minutos
Mayunda: 1720 minutos
Carlitos: 1627 minutos
Silvério: 1610 minutos
Paíto: 1516 minutos
Mauríco: 1487 minutos
Fanuel: 1485 minutos
Neco GR: 1170 minutos
Vling: 1093 minutos
Nelson: 1082 minutos
Binó GR: 1080 minutos
Jumisse: 1075 minutos
Chana: 884 minutos
Evans: 787 minutos
Tendai: 325 minutos
Eurico: 241 minutos
Campira: 150 minutos
Nelsinho: 107 minutos
Victor: 90 minutos
Matlombe: 75 minutos
Filipe: 65 minutos
Massitara: 50 minutos
Chicondi: 25 minutos