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Issoufou Mahamadou reeleito Presidente do Níger à 2ª volta

O Presidente do Níger, Issoufou Mahamadou, candidato à reeleição para um segundo mandato de cinco anos, foi proclamado nesta terça-feira pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) vencedor das eleições após uma segunda volta.

Mahamadou conseguiu mais de 90% dos votos na jornada eleitoral de domingo, contra apenas 7,5% do rival Hama Amadou, candidato da Coligação pela Alternância 2016 (COPA), uma união de partidos opositores que boicotaram o segundo turno, por isso não houve surpresa.

O candidato vencedor obteve o apoio de 4,1 milhões de eleitores, frente aos 330 mil de Amadou, segundo os resultados oficiais comunicados por Boubé Ibrahim, presidente da CENI, perante membros do governo, do corpo diplomático e de observadores internacionais.

Estes números indicam que, dos 7,5 milhões de eleitores inscritos, 59,79% do censo votaram no domingo passado e 40,2% se abstiveram.

Na primeira volta, a 21 de fevereiro, com 15 candidatos em disputa, a taxa de participação foi de 66,7%, frente a 33,2% de abstenção, o que parece indicar que a convocação da COPA ao boicote não teve muita adesão. O boicote ocorreu depois que o governo se recusou a liberar para o segundo turno o candidato Amadou, preso por um crime de carácter familiar.

Ao boicotar a etapa, a COPA não enviou observadores à capital nem ao interior. Muitos dos trabalhos de apuração foram feitos sem observadores independentes que certificassem a autenticidade dos resultados, lembrou Moustapha Kadi, integrante da opositora “célula de vigilância eleitoral” de Niamey.

Enquanto o CENI anunciava os resultados, os dirigentes da COPA se reuniam para emitir uma declaração de denúncia do que consideraram uma “eleição vergonhosa”.

Segundo eles, a taxa real de participação foi de apenas 11% do eleitorado. “As coisas estão claras: em nove dias, nosso país já não terá presidente legítimo. Nenhum artifício jurídico nos fará reconhecer os falsos resultados fabricados em uma apuração tortuosa. Ninguém poderá nos obrigar a aceitar esta farsa eleitoral”, assinalaram.

Para a coligação, “o mandato do presidente Issoufou Mahamadou terminará no dia 1º de Abril, à meia-noite, e a partir do dia 2 a COPA reivindicará a legalidade republicana em nome da soberania popular”.

No meio ao clima de tensão e incerteza, o representante especial do secretário-geral da ONU para a África Ocidental, Mohammed ibn Chambass, solicitou aos nigerinos que “mantenham a paz social e a estabilidade”.

A mensagem de Chambass era particularmente voltada a Mahamadou, ao qual pediu medidas para “apaziguar o clima social, unir a população e liderar um processo inclusivo de diálogo construtivo entre todos os nigerinos”.

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