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Isolamento ainda afecta o distrito municipal Kanyaka

A irregularidade na circulação de embarcações e outros meios de transporte, a degradação da ponteca de acostagem e os elevados custos de passagens tanto marítima quanto aéreas continuam a perpetuar o estado de isolamento do distrito municipal Kanyaka, na cidade de Maputo, que, Terça-feira, recebeu a visita do Chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, inserida na Presidência Aberta e Inclusiva.

Um informe apresentado pelo administrador municipal, Sarmento Saul, ao Presidente da República, durante a sessão extraordinária do Conselho Consultivo local por ocasião da visita, destaca que, apesar dos esforços visando a melhoria da vida das populações de KaNyaka, a irregularidade dos meios de transporte contribui para a continuação do estado de isolamento da ilha.

Actualmente, o único barco de transporte público de passageiro, o Nyeleti, faz a ligação entre a cidade de Maputo e a ilha quatro vezes por semana, sendo que nos restantes dias o transporte de pessoas e bens é assegurado por embarcações de pequeno porte e ate mesmo a vela, com todos os riscos que possam ocorrer.

O custo de passagem marítima entre Kanyaka e Maputo, na embarcação publica, varia entre 150 a 200 meticais, valor aquém da capacidade da maioria dos residentes na ilha, cuja actividade principal e’ a pesca artesanal.

Há alguns anos, havia uma avioneta que estabelecia a ligação regular entre a capital e a ilha, mas actualmente opera apenas quando fretada, sendo que a passagem esta acima dos 3.700 meticais por pessoa.

Kanyaka, região insular que dista 32 quilómetros da cidade de Maputo, enfrenta também outros problemas, entre os quais o deficiente abastecimento de água potável, a falta de vias de acesso, etc…

O conflito homem/fauna bravia também está presente, mas desta feita são os corvos indianos e porcos selvagens que apoquentam as populações.

Apesar destes e outros constrangimentos, segundo o informe, as autoridades locais tudo tem feito para inverter o cenário, que passa pela implementação de iniciativas visando reduzir a dependência à cidade de Maputo e assim reduzir as deslocações para a capital.

Nesta perspectiva, nos últimos anos foram construídas algumas infra-estruturas sócio-económicas, entre as quais unidades sanitárias, residências para funcionários públicos, bem como a abertura de mais furos de água, expansão da rede eléctrica e mobilização da população para o aproveitamento de solos considerados férteis para a prática da agricultura.

No seu informe, o administrador considerou as dificuldades como sendo desafios que estão a merecer atenção das autoridades do distrito.

No seu breve comentário ao informe, Guebuza reconheceu haver alguns avanços que vem se registando neste ponto do Município de Maputo, com a construção de novas infra-estruturas sociais e económicas, incluindo edifícios públicos.

Um exemplo concreto é o edifício dos Registos e Notariado que ainda hoje teve a oportunidade de visitar. Trata-se de um edifício cuja qualidade não se pode questionar pelo que “merece estar em qualquer parte da cidade”.

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