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ISCISA suspende exames de admissão em Maputo e Gaza

O Instituto Superior de Ciências de Saúde (ISCISA) decidiu suspender nas províncias de Maputo e Gaza, sul do país, a realização de exames de admissão àquele estabelecimento de ensino que deviam, em princípio, ter arrancado terça-feira em todo o território moçambicano.

A decisão resulta do facto de a direcção da instituição vocacionada a formação de quadros para o sector da saúde ter constatado, através da imprensa, que alguns textos dos exames de admissão para os vários cursos ali ministrados teriam sido extraviados e vendidos. Aurélio Zilhão, director do ISCISA, disse ao matutino ‘Noticias’ que a direcção daquele estabelecimento de ensino decidiu suspender as provas de admissão nas províncias de Maputo e Gaza, mas a realização mantém-se para as restantes províncias do país.

As províncias visadas pela medida só poderão realizar as provas de admissão depois de a direcção esclarecer devidamente a situação. Entretanto, a decisão de realizar as provas nas restantes províncias do país está a provocar uma forte onda de contestações por parte de milhares de candidatos de Maputo e Gaza, que afirmam estarem a ser injustiçados. Os candidatos afirmam que os milhares de exemplares dos exames de admissão foram igualmente distribuídos para estes pontos do país via “e-mail” e através de envelopes despachados a partir do Aeroporto Internacional de Maputo.

Os candidatos disseram, por outro lado, que tudo levava a crer que alguns candidatos dos restantes províncias do país estavam a realizar as provas que tiveram acesso prévio ao conteúdo. A Polícia de Investigação Criminal (PIC) tem sob sua alçada os dois indivíduos até agora suspeitos de serem os promotores desta fraude académica. Trata-se de José Nunes Gilberto, director científico, acusado pelo estudante Ussene António sob custódia policial na 7ª Esquadra, na cidade de Maputo.

Ussene António, até aqui o único detido no processo, após ter sido encontrado na posse de exemplares dos exames das disciplinas de Português, Matemática e Biologia, disse a Polícia ser um intermediário no “negócio do director” científico.

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