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Irão diz crer em acordo nuclear se “direitos” forem respeitados

As negociações deste mês entre o Irão e a comunidade internacional podem ter resultados positivos se os “direitos nucleares” do país forem reconhecidos, disse um assessor do líder supremo da República Islâmica em declaração publicada nesta terça-feira.

Mas Washington afirmou que o Irão antes de mais nada precisa tornar o seu programa nuclear compatível com o direito internacional e autorizar inspetores da ONU a visitar uma instalação militar onde o Ocidente suspeita que houve pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de armas atómicas.

O Irão nega ter a intenção de desenvolver armas atômicas e insiste que o seu programa nuclear está voltado exclusivamente para pesquisa e geração de eletricidade com fins civis. O país há anos sofre sanções da Organização das Nações Unidas devido a sua insistência em enriquecer urânio, processo que, dependendo do grau de pureza obtido, pode gerar material para alimentar reatores nucleares civis ou bombas atômicas.

Teerão alega que, como membro do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), pode desenvolver todo o ciclo do combustível nuclear, e que o sucesso das negociações depende do reconhecimento disso.

Depois de inconclusivas reuniões em maio em Bagdád, uma nova rodada de discussões foi marcada para os dias 18 e 19 em Moscovo, envolvendo o Irão e seis potências mundiais (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China, que são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha). “Espero que o P5+1 reconheça o direito nuclear inalienável do Irã dentro do marco do TNP, e que evite se colocar à parte”, disse Ali Akbar Velayati, assessor do aiatolá Ali Khamenei, à agência de notícias Irna.

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