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Investimento em energia limpa precisa de dobrar até 2020, diz a AIE

Os investimentos globais em energia limpa precisam de dobrar até 2020 para evitar que as metas relacionadas às mudanças climáticas não sejam cumpridas, disse a Agência Internacional de Energia (AIE), esta Segunda-feira, pedindo aos governos para destinarem mais recursos a tecnologias como armazenamento de carbono e energia solar.

Cerca de 23,9 trilhões de dólares em investimentos são necessários até 2020 e 140 trilhões até metade deste século, período em que os governos pretendem manter um aumento médio na temperatura global abaixo de dois graus Celsius, disse a organização baseada em Paris.

Nações em todo o mundo terão que desembolsar, a partir de agora até 2050, 36 trilhões de dólares a mais que a estimativa actual, com a China tendo que arcar com a maior parcela.

Mas as nações afectadas pela recessão podem encontrar certo conforto na avaliação da AIE de que cada dólar adicional investido em energia limpa pode gerar 3 dólares em economia de combustível no futuro, com a economia total a ultrapassar os investimentos até 2025.

“A nossa actual falha em entender o completo potencial da tecnologia de energia limpa é alarmante”, disse a directora executiva da AIE, Maria van der Hoeven, em comunicado.

“A contínua forte dependência de um reduzido grupo de tecnologias e combustíveis fósseis é uma ameaça significativa para segurança energética, crescimento económico estável e bem-estar global, assim como para o meio ambiente”, disse.

Segundo a agência, as tecnologias com maior potencial, como captura e armazenamento de carbono, energia eólica offshore e energia de concentração solar (CSP), estão a apresentar os menores progressos.

Apesar do portfólio de projectos ser considerável, a recessão e a contenção de gastos em muitos países estão a desviar fundos e retardar projectos de CSP, um sistema que usa lentes para focar uma grande quantidade de luz solar numa pequena área para gerar energia, disse a agência.

A AIE citou a Espanha e os Estados Unidos, líderes mundiais na tecnologia de concentração solar, como exemplos.

Outra tecnologia com potencial ainda não realizado é a captura e armazenamento de carbono, vista como a única que permite sectores da industria como fábricas de aço e ferro a atingir as metas de redução de emissões, afirmou a AIE.

Os governos precisam de exigir níveis de desempenho mais severos nos sectores de construção civil e transportes para melhorar a eficiência energética, acrescentou.

Somente as tecnologias mais maduras como hidroeléctrica, biomassa, eólica onshore e produção solar fotovoltaica estão a ter progresso suficiente, segundo a agência.

“A electricidade de baixa geração de carbono já é competitiva em muitos mercados e terá uma fatia crescente na geração nos próximos anos”, afirmou o relatório.

No sector de transportes, a AIE disse que a meta dos governos para veículos eléctricos, estabelecida em 20 milhões de veículos nas ruas em 2020, são encorajadoras, mas pode ser difícil de ser atingida, tendo que dobrar a actual capacidade planeada da indústria.

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