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Investimento chinês cria oportunidades de desenvolvimento

O envolvimento da China em Moçambique e Angola está a criar “oportunidades significativas” com possibilidades de desenvolvimento das áreas de infraestruturas, recursos humanos e parcerias de negócios nesses países africanos.

Este é o posicionamento do Centro dos Estudos Chineses da Universidade de Stellenbosch, instituição segundo a qual estes países africanos são parte do grupo de cinco incluídos num estudo de avaliação dos compromissos assumidos no Fórum de Cooperação China – Africa. No âmbito desta pesquisa, citada pela agência de notícias MACAUHUB, o centro de pesquisa da Africa Austral refere que o Plano de Acção de Beijing (2006) está “bem avançado” nos países destinatários.

“O investimento chinês em infraestruturas básicas está a ter um impacto positivo nos padrões de vida dos cidadãos e estes estão a ter cada vez maior acesso ao transporte e a outros serviços públicos”, refere o estudo. No que se refere particularmente a Moçambique, o estudo indica que as “perspectivas de desenvolvimento sustentável” também dependem das prioridades do governo na sua agenda de desenvolvimento e da atracção do investimento e envolvimento da China no país.

“O FOCAC (Fórum de Cooperação China – Africa) oferece oportunidades significativas para uma mais profunda e construtiva relação China – Moçambique”, considera o estudo da Universidade de Stellenbosch que aponta para a componente de construção de infraestruturas públicas como tendo sido o foco dos projectos realizados no país. Igualmente, a pesquisa indica que as prioridades a longo prazo devem ser o desenvolvimento da agricultura, expansão dos sistemas de abastecimento de água e sua gestão. A expansão das redes de estrada e linhas-férreas e da capacidade de geração de energia eléctrica, particularmente a hídrica, bem como a estratégia de desenvolvimento de recursos humanos são outras áreas que devem merecer prioritárias.

O estudo recomenda a tomada de procedimentos aduaneiros para que as importações não prejudiquem os projectos locais de industrialização e a eliminação dos processos burocráticos nos projectos de uso de terra. Além disso, esta instituição chinesa afirma que os indivíduos formados através de bolsas de estudos oferecidas pelo Governo chinês devem ser recrutados para “posições estratégicas”. “A medida que a economia chinesa cresce e a classe média se expande, as variedades de oportunidades de exportações para a China serão enormes. O sucesso, neste contexto, vai depender das habilidades dos exportadores africanos. O Banco Mundial confirmou que o comércio com a China tem sido uma grande força motriz para o continente”, refere o estudo.

“O apoio de Beijing para as instituições multilaterais ajuda a levar a cumprir a agenda de desenvolvimento do continente e mantém as atenções do mundo centradas nas necessidades de Africa”, acrescenta a pesquisa. Em relação a presença da China em Angola, o estudo indica que Luanda deve maximizar os resultados do seu envolvimento na China, começando por adoptar estratégias baseadas numa visão clara de desenvolvimento sustentável, além das exportações do petróleo.

Segundo o estudo, isso implica melhorar o ambiente de negócios, políticas de governação e negócios, regulamentos do sistema financeiro e de mercado, do sistema de educação, legal, entre outros. “Baseado na complementaridade das economias (nas áreas de petróleo e construção), a China e Angola tem construído fortes relações bilaterais”, referem os pesquisadores da Africa Austral que entrevistaram diversas pessoas no terreno.

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