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Inundações destroem culturas no vale do Zambeze Inicio 2009

As inundações que ocorrem desde há dois meses já estão a destruir as culturas da segunda época no vale do Zambeze, constituindo deste modo preocupação para o Governo de Sofala, província que tem os distritos de Chemba e Caia afectados pela subida dos níveis de água, em consequência do incremento das descargas (de 300 para 500 metros cúbicos por segundo) pela Hidroeléctrica de Cahora Bassa, em Tete.

Nos dois distritos, as águas ultrapassaram os níveis de alerta, atingindo 6.10 e 3.74 metros em Caia e Chemba, respectivamente. Esta é a razão pela qual extensas áreas de cultivo foram alagadas, afectando principalmente as culturas de milho e hortícolas e batata-doce dos camponeses ribeirinhos. O ponto de situação das calamidades foi um dos temas abordados ontem, na 6ª sessão ordinária do Governo Provincial de Sofala, tendo os membros constatado que as inundações já constituem preocupação.

Em face da situação, ficou decidido que uma equipa multissectorial deve visitar os distritos para fazer uma avaliação dos prejuízos no terreno. Estas informações foram fornecidas pelo porta-voz do encontro, José Ferreira, o qual anotou que a mesma equipa tem a missão de fazer uma outra avaliação relativa à segurança alimentar na província de Sofala.

Refira-se que quando ocorrem inundações ou cheias no vale do Zambeze, a situação calamitosa afecta sobretudo os distritos de Mutarara (província de Tete), Tambara (Manica), Chemba, Caia, Marromeu (Sofala), Morrumbala, Mopeia e Chinde (Zambézia).

SITUAÇÃO DE CÓLERA

Em Sofala, o distrito de Caia está em vigilância epidemiológica, devido ao surto de cólera que voltou a eclodir no dia 2 de Julho. Já são 465 os casos cumulativos, saldando-se em dois óbitos na província. Os casos mortais registaram-se na cidade da Beira e em Caia, segundo Ferreira, acrescentando que a epidemia não se registava há quatro meses na província de Sofala. Equipas da Saúde estão a trabalhar no terreno com vista a debelar a situação, segundo o porta-voz da reunião governamental, orientada pelo substituto legal do governador de Sofala, Carvalho Muária.

INVENTÁRIO DO PATRIMÓNIO

Outro ponto abordado relaciona-se com o inventário geral do património do Estado, à escala nacional, mas que em Sofala arrancará em finais deste mês. Segundo a fonte, prevê-se que o mesmo inventário termine em Dezembro do corrente ano. Para o efeito, foram já formados os técnicos que levarão a cabo os trabalhos. O inventário geral do património do Estado decorre de cinco em cinco anos, revelou José Ferreira, que é também director provincial da Indústria e Comércio de Sofala.

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