Segundo fontes que solicitaram anonimato, vai de mal a pior a relação entre a direcção e o resto dos funcionários do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) em Nampula. Afirmam que ninguém ali se interessa pelo bom ambiente de trabalho, a começar pela própria directora, Maria Isabel Tirano, a quem acusam de criar instabilidade social no seio da instituição.
Isabel Tirano é acusada de injuriar seus subordinados em pleno exercício laboral, a pretexto de que ninguém tem competência de a despromover do cargo que ocupa, ao nível da província, desde 1997. Segundo alguns funcionários, que se consideram saturados com o comportamento da sua dirigente, desde que assumiu a liderança do STAE.
Acrescentam que, além de os impedir de prosseguirem com os seus estudos, ela nunca se preocupou em promover qualquer encontro com os seus subordinados para análise do funcionamento da instituição e correcção de eventuais anomalias. Os denunciantes queixam-se, igualmente, do seu desrespeito pelo horário de serviço. Entramos às 7 horas e nunca saímos antes das 22 horas. Com esse horário, a directora arranjou uma forma perversa de nos impedir de prosseguir com os estudos. Concluiu o grupo de funcionários que nos contactou.
Reagindo às acusações que pesam sobre si, Isabel Tirano disse que conhece os indivíduos que prestaram tais declarações ao nosso Jornal, mas que não se sente incomodada por isso, para em seguida afirmar que sempre trabalhei assim desde que foi nomeada. Se os meus trabalhadores não se contentam com o que eu faço que procurem outro emprego.
Entretanto, como forma de refutar algumas das acusações, a directora provincial informou ao nosso repórter que cinco funcionários daquela instituição encontram-se, neste momento, a frequentar diversos estabelecimentos de ensino médio e superior, nesta cidade.
