Mais de 50 mil mudas de coqueiro foram distribuídas pelos camponeses na província de Inhambane, sul de Moçambique, no âmbito do repovoamento do palmar, de modo a fomentar a produção de coco, com objectivo de colmatar a crise deste produto que se verifica naquela região do país.
A província de Inhambane é o segundo maior produtor de coco em Moçambique, depois da Zambézia, no centro do país. Entretanto, está a debater-se com o problema da fraca produtividade.
Enquanto na Zambézia a produtividade está a ser afectada pela doença do amarelecimento letal do coqueiro, em Inhambane o problema está ligado ao envelhecimento desta espécie devido à falta de renovação.
Em 2008, a província de Inhambane contava com um palmar de mais de 14 milhões de coqueiros e o volume de produção anual era de 124 mil toneladas, segundo dados publicados na página electrónica da Televisão de Moçambique (TVM), emissora pública nacional.
Entretanto, a maioria das árvores possuíam mais de 70 anos, enquanto, segundo especialistas, o coqueiro produz bem no intervalo que vai de 20 a 30 anos.
Desta feita, há necessidade de se trabalhar na reposição do actual palmar para assegurar a melhor produção.
Inhambane abastece com coco à zona sul e uma parte do centro do país. As autoridades locais pretendem controlar o comércio para evitar uma crise do produto no mercado.
Para tal, já há novo levantamento de dados para quantificar. Para além do coco, a província de Inhambane produz mais de trinta mil toneladas de copra por ano que é exportada em bruto ou transformada em óleo e sabão.
De salientar que devido a falta de copra, algumas fábricas de produção de óleo e de sabão encerraram.