As duas equipas entraram em campo com objectivo idêntico, precisavam recuperar os pontos perdidos na primeira jornada por culpa dos frangos dos seus guarda-redes. E começaram por lançar no jogo novos guarda redes, a Inglaterra lançou David James para o lugar de David Green, e a Argélia deixou Faouzi Chaouchi no banco e colocou Rais Bolhi na sua baliza. O jogo foi mau, chato e sonolento e como as balizas estavam bem guardadas não houve golos em nenhuma delas.
Com este resultado, a Eslovênia, que empatou com os Estados Unidos (2-2), lidera o Grupo C com 4 pontos, seguida pelos norte americanos que tem 2 pontos, os mesmos da Inglaterra que marcou menos golos (1 contra 3), a Argélia, que somou o seu primeiro ponto no Mundial, é a última classificada.
Os adeptos que estiveram no estádio Green Point, na cidade do Cabo, esta sexta-feira (ingleses na maioria), só se levantaram das suas cadeiras para cantarem os hinos nacionais. Na restante hora e meia estiveram sentados e entediados.
A Inglaterra tentava tomar a iniciativa, mas esbarrava na boa marcação da Argélia, que alinhou três defesas, com Bougherra colado em Rooney, Yahia vigiando Heskey de perto e de sobra, Halliche limpava a área. Sem criatividade, com Gerrard falhando passes simples e Lampard tocando apenas de lado, os dois atacantes ficaram completamente isolados. A bola vinha mais pelo ar e a defesa argelina levou a vantagem na maioria das vezes.
A equipe africana, por sua vez, fazia um jogo esperto: na marcação, nove jogadores atrás da linha da bola. Quando retomavam a posse, desdobravam-se rapidamente e subiam no relvado, com Boudebouz aberto pela direita e Ziane, jogador mais perigoso da equipa no primeiro tempo, pela esquerda.
A única jogada real de golo do English Team foi criada aos 32 minutos, justamente quando a equipe comandada pelo italiano Fabio Capello colocou a bola no chão e fez o jogo que seja se espera: Gerrard dominou no meio, abriu para Johnson, que cruzou para a área. A defesa afastou, mas Lampard ficou com a bola, bateu de esquerda e obrigou o guarda-redes M’Bolhi a defender com uma palmada.
David ‘Calamidade’ James também deu alguns sustos, fazendo jus ao apelido, na baliza inglesa. O primeiro logo aos quatro minutos, quando a bola veio pelo alto, e em vez de encaixar, o que seria natural, ele esmurrou a bola e a mandou para cima, arrancando um “uhhhhh” do Green Point. Apesar do susto, James não teve muito trabalho.
A segunda parte foi igulamente má, percebendo que a Inglaterra não era tão temível como supunha, a Argélia subiu a sua marcação, passando a pressionar a saída de bola dos ingleses e tentou ameaçar logo na saída. Mas o problema é que faltou qualidade técnica na hora de se aproximar da área inglesa. Ziane e Boudebouz tentavam tabelas para se aproximar de Matmour, mas erravam passes.
Insistindo demais em jogadas pelo centro os ingleses não criavam perigo , Heskey, dentro da área, ficava desesperado porque nem os alas, nem Lennon, que deveria aparecer pela direita, não chegavam à linha de fundo. Muito menos a bola. Na única bola que recebeu em condições acabou ensanduichado pela defesa.
O técnico Fabio Capello tentou melhorar o jogo colocando Shaun Wright-Phillips no lugar de Lennon e depois tirou Heskey para colocar Defoe. A Inglaterra ficou pior, e Rooney? Ninguém sabe, ninguém viu. A paciência dos 64.100 torcedores esgotou-se aos 85 minutos, quando Gerrard tentou mandar uma bomba da intermediária e saiu apenas um remate fraco, rasteiro, para longe da baliza argelina.
Ainda houve tempo para a entrada do grandalhão Crouch, que nada fez. Na última jonada, os ingleses têm de derrotar os eslovenos para assegurar uma das vagas do grupo nos oitavos de final.