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INGC simula sismo nas escolas

As Escolas Secundárias Josina Machel e Noroeste 1, na cidade de Maputo, serão, sexta-feira, palcos de exercícios de simulação de um sismo, com objectivo de testar a capacidade de resposta dos alunos perante a ocorrência deste fenómeno natural.

O exercício, o primeiro de género, envolverá um total de seis turmas em cada uma das escolas, professores e funcionários, durante três horas, para avaliar a capacidade de agir em situações de ocorrência de um sismo. João Ribeiro, director-geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), que falou na quarta-feira, em Maputo, em conferência de imprensa, disse que o país é propenso aos sismos daí a importância deste exercício.

“Não significa que a terra vai mexer, mas o nosso objectivo com este exercício de simulação é preparar os alunos, professores e funcionários sobre como agir numa situação de ocorrência do sismo”, explicou Ribeiro. Na simulação, segundo Ribeiro, será dado o sinal de um suposto sismo, devendo os alunos e os demais funcionários agir durante e depois da sua ocorrência, isto é, como sair da sala e onde se devem abrigar. Recomenda-se que seja distante de edifícios, postes de transporte de energia e árvores.

O INGC vai envolver a Unidade Nacional de Protecção Civil (composta por efectivos do exército, polícia, bombeiros e Cruz Vermelha de Moçambique) para complementar a resposta dos alunos nas operações de busca e salvamento das “vítimas” do sismo. Moçambique é um país atravessado pela Grande Fenda Africana, ou simplesmente “Vale da Rift”, complexo de falhas tectónicas criado há cerca de 35 milhões de anos. Esta estrutura estende-se no sentido norte-sul por cerca de 5000 quilómetros, desde o norte da Síria até ao centro do país. No país, extende-se a partir do Lago Niassa, rio Chire, terminado na província da Zambézia.

O país é propenso aos sismos e o mais forte aconteceu em Fevereiro de 2006, com uma magnitude de 7.5 graus na escala de Richter, com epicentro em Machaze, sul da província central de Manica, mas o seu forte impacto sentiu-se na cidade de Maputo, sul do país, e nos países vizinhos.

Desta feita, segundo Ribeiro, é desejo do INGC que o ensino incorpore esta matéria na grelha curricular para que os alunos, professores e demais cidadãos estejam suficientemente familiarizados com todas as realidades relativas aos sismos. O INGC pretende envolver mais escolas do país mas a ordem de prioridade incidirá sobre aqueles pontos do país (províncias e distritos) propensos a actividade sísmica.

Uma actividade idêntica voltará a ser realizada em Outubro A entidade pede igualmente aos pais e outras pessoas residentes nas cercanias das escolas envolvidas no exercício para não entrarem em pânico, com a presença de serviços como os bombeiros, exército e entre outros intervenientes porque tratar-se-á de um exercício. A simulação de sismo contará com a presença de alguns membros do governo, que vão testemunhar a forma como irá decorrer.

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