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Índice do Ambiente de Negócios em Moçambique caiu em 2012

Em Moçambique, o Índice do Ambiente de Negócios decresceu 0.12 pontos percentuais em 2012, ano em que se fixou em 102.09%, devido a uma série de factores, dentre eles a falta de diálogo entre as instituições públicas e privadas para a melhoria do surgimento de oportunidades do comércio no país.

Uma pesquisa divulgada esta sexta-feira (01), na cidade de Maputo, pela empresa de auditoria e consultoria KPMG, aponta, na apresentação feita pelo administrador do projecto, Paulo Mole, que para além da falta de diálogo, concorreram para redução do índice os aspectos ligados ao comércio, governação, barreiras impostas pelo governo, importações ilegais, corrupção, criminalidade, HIV/SIDA, malária e outras doenças.

Estes problemas, segundo Paulo Mole, influenciaram negativamente nos investimentos e colocaram em causa as actividades económicas. Os sectores de infra-estruturas e de serviços impulsionaram positivamente o Ambiente de Negócios através da melhoria nas redes de comunicação, no fornecimento de energia e de água nos últimos anos.

De acordo com o estudo, a província de Inhambane está no topo do Índice de Negócios, seguido de Nampula, facto propiciado pelo progresso de infra-estruturas, serviços e questões de ordem legal. Os mesmos factores também contribuíram para o incremento de mais investimentos nas províncias de Tete, Zambézia, Maputo, Cabo Delgado e Niassa.

Paulo Mole indicou igualmente que os transportes, terminais e serviços foram as áreas que tiveram menos oportunidades de negócios por causa da falta de financiamento directo aos transportadores, bem como devido às dificuldades impostas pelas políticas bancárias que resultam em elevadas taxas de juro e a ausência de diálogo entre as instituições.

A corrupção ainda é um factor que desencoraja potenciais investimentos em Moçambique, aumenta os custos, reduz as oportunidades de negócio para os agentes económicos e reduz o crescimento da economia nacional.

Em relação às perspectivas do desempenho de negócios, os resultados da pesquisa revelam que 65.1% das empresas registaram crescimentos, com maior enfoque para as das províncias de Sofala e Maputo. Este ganho foi influenciado pelo aumento da procura dos produtos e de serviços e, consequentemente, pela melhoria da sua qualidade e aumento do nível de vendas.

Para o economista moçambicano Hipólito Hamela, a queda de oportunidades de negócio no país esta relacionada com a ineficiência das actividades económicas, devido à falta de implementação, por parte do Governo, das políticas e de reformas no sector público, com vista a impulsionar a remoção de barreiras burocráticas e, desta forma, dinamizar o crescimento do negócio no país.

Hipólito Hamela apelou ainda ao Governo moçambicano para fazer uso da informação sobre o Índice do Ambiente de Negócios no sentido de formular as estratégias e os programas que espevitem a dinâmica do mercado nacional.


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