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INAE em volte-face: Açúcar confiscado na província de Maputo é consumível

O açúcar confiscado, há dias, no distrito de Moamba, província de Maputo, pela Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE), por suspeitas de ser impróprio para o consumo humano, não é prejudicial à saúde, ao contrário do que se alegava, confirmou o laboratório onde o produto foi analisado.

A mudança de posição foi expressa na terça-feira (29), em Maputo, por Virgínia Muianga, porta-voz daquela instituição do Estado.

A entidade a que nos referimos confiscou, de 01 a 12 de Agosto prestes a findar, em Moamba, cinco toneladas de açúcar, duas das quais consideradas imprópria para o consumo humano e as restantes ainda estavam a ser examinadas.

Findo o processo, Virgínia Muianga disse a jornalistas, num briefing que visava dar a conhecer as actividades realizadas nos últimos 15 dias, que os exames laboratoriais indicaram que o produto não é nocivo à saúde.

Todavia, a mercadoria continua retida porque o transporte não obedeceu as regras para o efeito, ou seja, não se apresentou nenhum documento sobre a sua proveniência e destino, o que segundo a fonte pode ser um caso de “contrabando ou descaminho”. O produto será entregue ao “Grupo de Trabalho do Açúcar, criado em 2006”, para posteriores procedimentos.

O órgão em alusão integra o Ministério da Indústria e Comércio (MIC), o Ministério do Interior (MINT), a Distribuidora Nacional do Açúcar (DNA), a Direcção Nacional do Imposto, a Direcção Nacional das Alfândegas, entre outras entidades. No que diz respeito às duas toneladas de açúcar considerado nocivo à saúde, Virgínia Muianga esclareceu que, na verdade, o produto estava reservado à exportação e só acabado para o consumo humano após chegar no país destinatário.

Ao todo tinham sido desviadas 30 toneladas da açucareira de Xinavane, das quais 27 foram recuperadas. O remanescente é o que foi aprendido pela INAE. Segundo Virgínia Muianga, neste momento há um processo em curso com vista à devolução da mercadoria àquela fábrica, localizada no distrito da Manhiça.

Ainda no âmbito do trabalho que cabe à INAE, a fonte disse que, entre 14 e 25 deste mês, foram fiscalizadas mais de 800 estabelecimentos, alguns dos quais de comércio a retalho, com o objectivo de controlar os preços aplicados pelos agentes económicos e “a margem máxima do lucro”.

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