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Imprensa discriminada nos eventos governamentais

A chefe de Relações Públicas do Governo Provincial de Tete, Sandra Arriscado, escorraçou o jornalista do Canalmoz e do Canal de Moçambique da cerimónia de despedida do ano, em que foi apresentado o informe do Governo local. O facto ocorreu na passada sexta-feira, no Palácio do Governo de Tete.

A cerimónia financiada pelo Estado, com contribuições dos cidadãos, foi restrita a certos órgãos de informação, alegadamente por ordens do governador Idelfonso Muananthatha. Invulgar num Estado que se diz de Direito, sucede em Tete mais um acto discriminatório contra os jornalistas a quem o regime quer esconder os seus actos vedando assim o direito do público ser informado. Em Tete o Direito à Informação e a liberdade de expressão está comprometido.

O caso mais recente deu-se no passado dia 18 do mês em curso, no palácio do governador, nas cerimónias de despedida do ano, a última do mandato de Ildefonso Muanathata. O repórter do Canalmoz e do Canal de Moçambique foi escorraçado do evento, alegando-se que para ao mesmo não tinha sido formulado um convite para fazer parte daquela cerimónia organizada com fundos do Estado. O impedimento ocorreu momentos depois do jornalista Jorge Mirione se ter feito ao Palácio do Governo Provincial na companhia de outros jornalistas, entre eles o câmara-men da Televisão Pública (TVM), Rosário Saide.

Num acto de autêntica discriminação, a chefe de Relações Públicas do Governo de Muanathata, disse claramente ao nosso repórter para se retirar do local, deixando no entanto entrar o colega da TVM, a televisão em que na sede, em Maputo, inclusivamente funcionam células do Partido Frelimo. “Apenas chamei o Saide e não os dois. O senhor não tem convite. É melhor se retirar”, disse ela. Sem dar tempo ao nosso repórter responder, retirou-se do local deixando ordens para retirarem o nosso repórter à força, caso pretendesse permanecer no palácio governamental.

A chefe de Relações Públicas do Governo de Tete disse objectivamente: “não são todos que participam nesse encontro”. Dos oito órgãos de informação com representação na cidade de Tete, apenas a STV, RM, TIM, SIRT e TVM participaram no evento. O Canal de Moçambique foi expulso. O Notícias também foi preterido, e o mesmo sucedeu com o Diário de Moçambique.

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