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Imigração ilegal/PRM investiga alegados esquemas de coprrupção

O Comando Provincial da Policia (PRM), a nível do Maputo, está a investigar o possível envolvimento de agentes da corporação na fuga de imigrantes ilegais recentemente expulsos da África do Sul e acomodados num centro aberto no distrito de Boane, Sul de Moçambique.

Trata-se de mais de 400 imigrantes ilegais de nacionalidades chinesa, bengali, paquistanesa e indiana forçados a deixar a RAS para o país, uma vez que utilizaram as fronteiras moçambicanas para chegar àquele país.

A investigação policial surge após uma tentativa de fuga por parte de alguns dos imigrantes que se encontram acomodados, transitoriamente, no Instituto de Formação Paramilitar das Alfândegas de Boane.

O matutino ‘Notícias’ refere, na sua edição de terça-feira, que os imigrantes ilegais e seus representantes têm pago largas somas para poderem sair daquele espaço ou se beneficiar de outros serviços.

Os facilitadores de tais fugas chegam a receber valores superiores a 70 mil meticais, daí que se acredita que alguns dos agentes policiais afectos ao Comando Provincial de Maputo acabam entrando nos alegados esquemas de corrupção.

Confrontado com esta realidade, João Machava, porta-voz da PRM naquela província, afirma desconhecer a existência de esquemas de corrupção envolvendo o pessoal da corporação. ”Isso é especulação. O que sei é que 10 bengalis tinham fugido do centro, mas recapturados numa pensão na Matola”, garantiu Machava.

Relativamente a este caso concreto, o comando, segundo a fonte, abriu um inquérito destinado a averiguar as responsabilidades do pessoal que esteve de serviço no dia da ocorrência dos factos. Na ocasião, Machava revelou que 17 chineses já foram repatriados.

Do grupo, pelo menos sete são do sexo feminino. ”A demora no repatriamento dos imigrantes em causa deveu-se a falta de recursos, pois o governo não tem um fundo específico para atender a este tipo de situações. Porém, tudo está a ser feito para que eles saiam do país”, assegurou Machava.

Neste trabalho, as autoridades policiais e migratórias contam com a colaboração dos representantes diplomáticos de Paquistão, China, Bangladesh e Índia.

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