A maior e mais antiga unidade sanitária de Moçambique, o Hospital Central de Maputo (HCM), tem, desde esta terça-feira (13), um novo director-geral, Mouzinho Saíde, em substituição de João Fumane, falecido em Abril último, vítima de doença.
Nas vésperas do seu empossamento, Mouzinho Saíde foi exonerado do cargo de vice-ministro da Saúde, pelo Presidente, Filipe Nyusi, ora de visita oficial de três dias aos Estados Unidos da América (EUA). O novo dirigente do HCM, empossado por Nazira Abdula, ministra da Saúde, desempenhava igualmente as funções de porta-voz do Conselho de Ministros.
Mouzinho Saíde assume a nova tarefa poucos dias depois Filipe Nyusi ter visitado aquele hospital e o classificado como um museu. “É uma infra-estrutura já velha, que já deu o que tinha a dar, apesar de existirem sinais para manter o hospital a funcionar”.
“Alguns sectores foram reabilitados e têm novo equipamento. Isso é encorajador, por espelhar consciência da necessidade de se melhorar o atendimento hospitalar. Vi salas bem limpas, mas sei que a limpeza é recente”, disse o Chefe de Estado.
Num outro desenvolvimento, ele apontou outras anomalias: “há desleixo na higiene, na manutenção, na assiduidade e no próprio carinho ao doente. Há também cobranças ilícitas comprovadas. É possível acabar com estas práticas, se os gestores trabalharem no terreno”.
Nazira Abdula disse que Saíde conhece a real situação do sector e do Governo, por isso, está em melhores condições de assumir o cargo com satisfação. Ele deve valorizar os progressos alcançados por João Fumane e a sua equipa e conduzir reformas que assegurem a provisão de maiores e melhores qualidades de saúde no HCM em todo o país.
Por sua vez, Saíde mostrou-se apto a seguir o que lhe foi recomendado.
Recorde-se que além do crónico mau atendimento aos doentes o @Verdade revelou vários actos de má gestão da maior unidade sanitária de Moçambique.