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HBC já gera lucros para o governo moçambicano

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), na província de Tete, centro de Moçambique, anunciou, quarta-feira, que pela primeira vez na sua história vai entregar parte dos seus lucros anuais ao governo de Moçambique.

A HCB é uma sociedade anónima da qual o governo moçambicano é o principal accionista. Segundo um comunicado, quarta-feira, emitido pela empresa, o montante respeitante ao lucro do exercício de 2010 a ser recebido pelo Estado moçambicano ascende ao equivalente a 25,2 milhões de dólares americanos.

Cada dólar americano equivale cerca de trinta meticais. Segundo dá a conhecer o comunicado, desde a reversão do controlo de Cahora Bassa para o Estado moçambicano, em finais de 2007, a empresa já contribuiu para as receitas do país com perto de 100 milhões de dólares americanos, através do pagamento da taxa de concessão liquidada mensalmente, valor ao qual se acresce a parte dos lucros a serem entregues brevemente ao Estado.

“Esta histórica entrega de dividendos só é possível depois de um ano fiscal em que os resultados operacionais registaram um aumento de trinta por cento, em consequência do aumento dos proveitos da empresa e do crescimento controlado dos custos, situando- se os resultados líquidos nos 962.472 milhares de meticais”.

A fonte acrescenta, o balanço e os indicadores financeiros de 2010 demonstram que a empresa mantém um equilíbrio financeiro sólido, quer no curto quer no médio/longo prazo, indo ao encontro dos objectivos delineados e que decorrem da reestruturação dos capitais próprios e da Reversão, ocorrida no final de 2007.

No exercício económico de 2010, Cahora Bassa manteve níveis de aproveitamento do parque produtor muito acima da média internacional, tendo atingindo a segunda maior produção de energia eléctrica de sempre, ao realizar 16.290 GWh, energia suficiente para suprir todos os compromissos comerciais e dar resposta as necessidade de aumento da potência para servir o desenvolvimento de Moçambique.

Desde a reversão da hidroeléctrica para o Estado moçambicano, a Administração da empresa encetou um extenso programa de investimento destinados a renovar componentes críticas da infra-estrutura do complexo de Cahora Bassa e garantir a produção ininterrupta de energia limpa para o país e a África Austral.

Neste âmbito, em 2010, a empresa aumentou a sua capacidade de transmissão de energia eléctrica em 240 MW, com a entrada em funcionamento pleno das oito pontes conversoras da subestação de corrente contínua do Songo, o que constituiu um marco histórico na vida da empresa.

Apostados no crescimento sustentado da empresa e na aplicação das melhores práticas internacionais de gestão, a Administração da Hidroeléctrica de Cahora Bassa delineou um plano estratégico para o quinquénio 2010- 2014 que visa aumentar ainda mais os níveis de produtividade, de qualidade dos serviços prestados e dos resultados da empresa em favor do Estado moçambicano.

O documento que temos vindo a citar realça quer no campo da contínua modernização da gestão da empresa é de destacar a introdução, durante o ano transacto, de um Manual de Gestão Corporativa que tem por objectivo incutir em todos os colaboradores e os intervenientes nos vários níveis de gestão da instituição uma actuação assente nos mais rigorosos princípios éticos e deontológicos, garantindo desta forma uma inquestionável transparência nas tomadas de decisão no seio da empresa.

Estes dados, concluiu a fonte, colocam a Hidroeléctrica de Cahora Bassa como um dos mais importantes motores de desenvolvimento de Moçambique, quer pelas contribuições monetárias para o Estado, quer pelas acções de responsabilidade social dedicadas ao combate à pobreza e ao bemestar das populações em geral.

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