A Associação dos Artesãos Unidos de Nampula (ASARUNA) está a registar uma fraca produção de objectos artesanais devido à exportação ilegal da madeira pau-preto e rosa, a principal matéria-prima das suas obras. Entretanto, a situação está a preocupar, igualmente, os artesãos que trabalham de forma independente.
A aplicação da lei contra os infractores, que devastam as florestas locais, é muito fraca. Por isso, apela-se uma maior fiscalização de modo a conservar os recursos que garantem o crescimento da economia nacional. A madeira explorada na província de Nampula destina-se aos países estrangeiros.
Segundo Cassimo Mateteu, presidente da ASARUNA, esta situação provoca problemas para a subsistência e a sobrevivência de muitos artesãos locais que dependem dessa actividade para sustentar as respectivas famílias.
Por exemplo, no ano passado, a referida agremiação, que congrega vários artesãos da província de Nampula, arrecadou mais de 700 mil meticais, dinheiro que resultou da venda de 15 mil esculturas.
O processamento da madeira localmente produzida permite a criação de mais postos de emprego para cidadãos.
Actualmente assiste-se o contrário. A madeira é exportada e processada no estrangeiro, facto que acumula prejuízos num país, onde se lamenta a falta de incentivos aos fazedores da arte na capital do norte.