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Guebuza recebeu entre 35 e 50 milhões de USD

A saga do portal WikiLeaks está de vento em poupa e as revelações sobre Moçambique estão a ser cada vez mais escaldantes. Segundo aquela fonte, citada pela LUSA, o Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, terá recebido uma comissão entre 35 e 50 milhões de dólares no negócio da compra da Hidroeléctrica de Cahora Bassa a Portugal.

 

 

Nesses documentos, Guebuza é referido como estando envolvido em “todos os acordos de megaprojectos de milhões de dólares, com estipulações nos contratos que determinam que se trabalhe com o sector privado moçambicano”.

Um exemplo dado é “o envolvimento de Guebuza na compra da barragem de Cahora Bassa ao Governo Português por 950 milhões de dólares”.

O documento adianta que, deste montante, 700 milhões de dólares foram pagos por um consórcio privado de bancos, organizado por um procurador de Guebuza, tendo o Presidente da República recebido “uma comissão estimada entre 35 milhões de dólares e 50 milhões de dólares” (entre 26,48 milhões de euros e 37,84 milhões de euros ao câmbio actual).

“O Banco Português que organizou o financiamento entregou as suas acções no BCI Fomento” (banco moçambicano detido maioritariamente pelo banco público português Caixa Geral de Depósitos) “a uma empresa controlada por Guebuza”, refere o documento, citado pelo portal.

A reversão definitiva para Moçambique de Cahora Bassa envolveu o pagamento a Portugal de 950 milhões de dólares (cerca de 650 milhões de euros ao câmbio da altura), 250 milhões pagos logo após a assinatura do acordo, em Outubro de 2006 em Maputo, pelo Presidente moçambicano, Armando Guebuza, e pelo Primeiro-Ministro português, José Sócrates.

A segunda tranche de 700 milhões de dólares foi financiada por um consórcio bancário composto pelo banco português BPI, parceiro da CGD no Banco Fomento, e pelo francês Calyon.

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