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Guebuza na terra de Timbila: “não deixemos nossa cultura morrer”

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, escalou este sábado o distrito de Zavala, última etapa da sua visita a província de Inhambane, Sul de Moçambique, onde manifestou a sua satisfação por ter constatado que há um trabalho profundo para a valorização da cultura moçambicana.

Esta valorização, segundo Guebuza, manifesta-se na transmissão de conhecimentos sobre as ‘raízes culturais’ à nova geração, que assim passa a crescer ao ritmo da cultura dos seus antepassados. O Chefe de Estado manifestou este sentimento durante o comício que orientou no posto administrativo de Muane, naquele distrito. “Uma coisa que chama atenção é o facto de ver pessoas com cabelo branco a cantar e dançar com crianças. A nossa cultura não vai morrer. Não deve morrer. As nossas crianças nascem e vivem a nossa cultura”, afirmou o estadista moçambicano. O pior que pode acontecer “é perdermos a nossa cultura, perdermos as nossas línguas, os nossos mitos, a nossa maneira de cultivar, a nossa maneira de cozinhar”, acrescentou.

Segundo Guebuza, quando as pessoas perdem a sua cultura passam a imitar a de outros, perdendo, deste modo, as suas raízes. “Quem imita não tem onde pisar. A sua cabeça não está com o resto do corpo”, disse o Presidente, reiterando que ninguém deve deixar a cultura moçambicana morrer.

A Timbila, ora consagrada património mundial, é uma das principais manifestações culturais do distrito de Zavala, que, anualmente, tem promovido festivais desta dança, juntando vários grupos. Para Guebuza, todas as manifestações culturais moçambicanas devem ser valorizadas e transmitidas às outras gerações. Situado na parte meridional da província de Inhambane, Zavala tem como sede a vila de Quissico. O distrito tem uma superfície de 1.997 quilómetros quadrados e uma população de 139.616, de acordo com os resultados preliminares do Censo de 2007. Zavala conta com dois postos administrativos, nomeadamente Quissico, onde se encontra a localidade de Muane, que hoje recebeu a visita do Chefe de Estado, e Zandamela.

Na província de Inhambane, Guebuza escalou os distritos do Jangamo (posto administrativo de Cumbana), Mabote (posto administrativo de Mussengue), Homoine ( posto administrativo de Pembe) e Zavala (localidade de Muane). Antes de Inhambane, o Estadista moçambicano visitou, sucessivamente, a cidade de Maputo e a província de Gaza, também no Sul do país. Nestes locais, Guebuza inteirou-se da situação socio-económica e cultural, com destaque ao grau de implementação de várias iniciativas em curso no país, no âmbito da luta contra a pobreza.

Durante o seu périplo, o Chefe do Estado moçambicano orientou comícios populares, encontros com as autoridades governamentais locais e visitou algumas unidades socio-económicas, incluindo empreendimentos levados a cabo com o financiamento do Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD), mais conhecido por “Sete Milhões”. Ele inteirou-se ainda do grau de implementação do programa “um líder, uma floresta”

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